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Operadoras cobram devolução de R$ 1,73 bi da Oi por discordâncias na compra da operação móvel
A Oi, em recuperação judicial, disse nesta segunda-feira (19) que foi notificada por TIM Brasil, Telefônica Brasil e Claro Brasil que teria de devolver R$ 1,73 bilhão às operadoras por conta de discordâncias encontradas no contrato de venda dos seus ativos móveis, assinado em abril.
De acordo com as empresas, a KPMG elaborou parecer sobre os termos do contrato e encontrou divergências em premissas e critérios de cálculo sobre capital de giro e dívida líquida, investimentos e adição líquida quem levariam a ajuste de R$ 3,18 bilhões no contrato.
As operadoras detêm R$ 1,44 bilhão em parcela de valor retido que já considerava potenciais ajustes, mas a análise do assessor econômico-financeiro das companhias mostrou que a diferença foi maior que tal montante, o que possibilitaria a devolução do valor de R$ 1,73 bilhão.
A Oi afirma que discorda veementemente dos achados, dizendo que o parecer elaborado pelas operadoras “apresenta erros procedimentais e técnicos, havendo equívocos na metodologia, nos critérios, nas premissas e na abordagem”. Por conta disso, a empresa afirma que vai exercer seu direito de resposta e elaborar um parecer próprio.
Indenizações
Além das diferenças no contrato, TIM Brasil, Telefônica Brasil e Claro Brasil pedem indenização de R$ 353,2 milhões, referente a perdas conhecidas até o momento, conforme definidas em contrato, por conta de contratos com empresas prestadoras de serviços de infraestrutura móvel. A Oi também irá contestar tais valores.
A Oi diz que agora abre-se um prazo de 30 dias para tentar arranjar uma solução amigável para a situação, sendo que caso isso não aconteça, a diferença passa a ser analisada por uma empresa de auditoria independente a ser contratada por TIM Brasil, Telefônica Brasil e Claro Brasil.
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