Conselho da Petrobras aprova pagamento de R$ 43,7 bilhões em dividendos

Os dividendos serão pagos em duas parcelas iguais no valor de R$ 1,67 por ação, sendo a primeira delas em 20 de dezembro

Painel da Bolsa de Valores, a B3. Foto: Amanda Perobelli/Reuters
Painel da Bolsa de Valores, a B3. Foto: Amanda Perobelli/Reuters

A Petrobras comunicou nesta quinta-feira que o conselho de administração aprovou o pagamento de distribuição de dividendos no valor de R$ 3,35 por ação preferencial (PN) e ordinária (ON) em circulação, o que corresponde a um valor total de R$ 43,68 bilhões, excluindo as ações em tesouraria.

Levando em conta o total de ações do último formulário de referência da companhia, divulgado em 19 de outubro, o valor de papéis ordinários é de R$ 24,92 bilhões por ações ordinárias, desconsiderados os papéis em tesouraria. O pagamento total referente aos papéis preferenciais, ainda segundo o formulário de referência mais recente, é de R$ 18,76 bilhões.

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Os dividendos serão pagos em duas parcelas iguais no valor de R$ 1,67 por ação. A primeira parcela será em 20 de dezembro de 2022 e a segunda parcela em 19 de janeiro de 2023. Os detentores de recibos de ações (ADRs) receberão os pagamentos a partir de 28 de dezembro de 2022 e 26 de janeiro de 2023.

A data de corte será o dia 21 de novembro de 2022 para os detentores de ações emitidas pela Petrobras negociadas na B3. O “record date” será o dia 23 de novembro de 2022 para os detentores de ADRs negociadas na Bolsa de Nova York (Nyse). As ações serão negociadas “ex-direitos” na B3 e na Nyse a partir de do dia 22 de novembro.

De acordo com a Petrobras, em relação à primeira parcela de pagamento, R$ 1,155823 será pago por ação preferencial e ordinária em circulação e R$ 0,518627 em juros sobre capital próprio. Com relação à segunda parcela, a distribuição entre dividendos e/ou juros sobre capital próprio será definida em data futura e então comunicada ao mercado.

“A aprovação do dividendo proposto é compatível com a sustentabilidade financeira da companhia no curto, médio e longo prazo e está alinhada ao compromisso de geração de valor para a sociedade e para os acionistas, assim como às melhores práticas da indústria mundial de petróleo e gás natural”, diz a companhia em comunicado.

A Petrobras destaca ainda que o dividendo proposto está alinhado à política de remuneração aos acionistas, que prevê que, em caso de endividamento bruto inferior a US$ 65 bilhões, a Companhia poderá distribuir aos seus acionistas 60% da diferença entre o fluxo de caixa operacional e as aquisições de ativos imobilizados e intangíveis (investimentos).

“Vale destacar que no Plano Estratégico 2022-26, os projetos de investimentos solicitados pelas áreas de negócio foram atendidos por apresentar boa resiliência e por serem suportados pela geração de caixa operacional e o fluxo de desinvestimentos, sem efeitos adversos na alavancagem”, afirma a companhia.

“Portanto, não existem investimentos represados por restrição financeira ou orçamentária e a decisão de uso dos recursos excedentes para remunerar os acionistas se apresenta como a de maior eficiência para otimização da alocação do caixa”, acrescenta.

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