Petrobras (PETR3, PETR4) diz que plano estratégico não será afetado pelo resultado das eleições

Os investimentos previstos pela companhia vão ser divulgado no fim de novembro

Foto: Diego Vara/Reuters
Foto: Diego Vara/Reuters

As decisões a respeito do plano estratégico da Petrobras (PETR3, PETR4) de 2023 a 2027, atualmente em elaboração, não serão afetadas pelas eleições presidenciais de domingo, disse o diretor de governança e conformidade da estatal, Salvador Dahan.

“Nossas decisões são pautadas pelas equipes técnicas, que submetem as propostas, num processo que já vem acontecendo há muitos meses. Nenhuma decisão pode ser afetada pelo resultado da eleição”, disse a jornalistas na Rio Oil & Gas, no Rio de Janeiro.

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Os investimentos previstos no novo plano vão ser divulgado no fim de novembro, confirmou o diretor. Segundo ele, a estratégia da empresa seguirá consistente com a atual. “A visão de 2023 a 2027 será de um plano que segue endereçando nosso foco no Brasil, no desenvolvimento das áreas de pré-sal, com investimentos não apenas em exploração e produção, mas também com foco no downstream [abastecimento]”, afirmou. Em relação à transição energética, o executivo disse que a companhia vai seguir “consistente com o que já faz”.

“Aprovamos no ano passado um capex de US$ 2,8 bilhões para projetos de descarbonização, desenvolvimento de produtos e renováveis, buscando a transição energética através da diversificação rentável, nos novos negócios que a Petrobras pretende focar em longo prazo”, disse.

Dahan confirmou ainda que a participação do novo conselho de administração da companhia na elaboração do plano é “fundamental”. “Eles têm a responsabilidade pela aprovação final, será da mesma maneira, como fazemos todos os anos”, afirmou.

O conselho de administração da Petrobras passou por uma reformulação em agosto, com a eleição de oito novos membros. Dois dos executivos eleitos não foram aprovados pelo Comitê de Elegibilidade (Celeg) da estatal, por possíveis conflitos de interesse. “Isso é um assunto superado e que já foi debatido exaustivamente”, disse Dahan sobre a eleição dos conselheiros à revelia do comitê. “Os papéis são seguidos, o mais importante é que a governança da Petrobras tem essas definições no regimento interno, estatuto, Lei das Estatais. Esses processos foram seguidos”, complementou.

A respeito de novos aprimoramentos na governança no novo planejamento, Dahan disse que o tema ainda está em discussão. “Não existe fórmula mágica, nem equação matemática. É um processo de aprimoramento contínuo e eterno. Qualquer empresa tem um pêndulo entre eficiência e controle. Com a Petrobras, isso não é diferente. Achar esse meio termo para que de fato a empresa seja o mais eficiente sem perder os controles necessários para uma boa decisão, para uma boa gestão, é esse o nosso objetivo”, afirmou.

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