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Petrobras: ‘Política de preços é algo de país, o que estamos adotando é estratégia comercial, como todas as empresas’
O diretor de logística e comercialização da Petrobras, Claudio Schlosser, disse que a política de preços da companhia é “algo do país”.
Ele fez observações sobre o assunto após ser questionado sobre o tema por analistas, em teleconferência sobre desempenho da empresa referente ao primeiro trimestre.
“O que estamos adotando é estratégia comercial, como todas as empresas”, afirmou Schlosser. “A Petrobras vai buscar ser mais competitiva frente às empresas do setor. Parâmetro principal é a preservação da geração de valor. Quando houver melhor alternativa para clientes, não vamos perder vendas para concorrentes”, completou.
Recompra de ações
O diretor financeiro e de relacionamento com investidores da Petrobras, Sergio Caetano Leite, disse que a possibilidade da companhia de realizar uma recompra de ações envolve uma flexibilização da geração de caixa.
A ideia, que ainda é estudada pela estatal, busca alinhar a Petrobras às suas congêneres, segundo o diretor.
“Nova política de dividendos foi pedida pelo conselho à diretoria e nasceu de uma proposta técnica da diretoria financeira”, disse Leite, em teleconferência com analistas para comentar balanço da empresa.
“Quando aprovada a proposta, a nova política será anunciada ao mercado. Vamos propor o que fizer mais sentido para geração de caixa e para o acionista”, completou.
Em resposta a questionamentos de analistas, o diretor de processos industriais e produtos da Petrobras, William França, também na teleconferência, disse que o “desengargalamento” de refino passa por análises e a companhia tem grande potencial para ampliar a capacidade.
“Incremento de unidades atuais, sem construção de novas refinarias, equivaleria a duas Reducs [Refinaria Duque de Caxias, no Rio de Janeiro], ou 450 mil ou 500 mil barris por dia. Estamos conversando com áreas econômicas da companhia”, disse França.
Sustentabilidade
O diretor de transição energética e sustentabilidade da estatal, Mauricio Tolmasquim, disse nesta sexta-feira que a companhia segue alinhada a compromissos de sustentabilidade.
Segundo o executivo, na teleconferência de resultados com analistas e investidores, a intensidade de carbono em exploração e produção foi de 14,7 quilos (kg) de CO2 equivalente, menor que em 2022.
“Campos do pré-sal têm aumentado produção sem elevar emissões”, disse o diretor. “Térmicas vêm reduzindo emissões com troca de turbinas, melhorias operacionais e menor despacho térmico”, completou.
Tolmasquim reforçou que a Petrobras segue trabalhando para atender compromissos de entrega de gás natural, com 100% de fornecimento.
“A queda do gás natural no primeiro trimestre tem relação com abertura de mercado. O recuo da geração termelétrica motivou uma queda no consumo de gás por conta dos altos níveis de reservatórios de hidrelétricas. Com menos despacho térmico, a empresa importou menos GNL [Gás Natural Liquefeito] num momento em que os preços do gás no exterior estavam elevados”, explicou o diretor.
China
O diretor de logística, comercialização e mercados da Petrobras, Claudio Romeo Schlosser, disse nesta sexta-feira que a China continuou como o destino de maior parte da exportação de petróleo da companhia no primeiro trimestre.
Em teleconferência de resultados com analistas e investidores, o executivo afirmou que a queda de consumo de derivados no período foi resultado de sazonalidade, e de venda da Refinaria Isaac Sabbá (Reman) no estado do Amazonas. No ano passado, a Petrobras anunciou conclusão da venda da Reman, e de seus ativos logísticos.
“Reforçamos nosso foco no mercado, com novo polo de venda de diesel e gasolina em Rondonópolis. Novo polo marca presença da companhia no Centro-Oeste”, afirmou.
Segundo Schlosser, a Petrobras concluiu testes com combustível em navio da frota própria, com 10% de biodiesel, sem anormalidades detectadas.
“A Petrobras iniciou comercialização no Porto de Santos de combustível marítimo com teor de enxofre de 0,1%”, completou.
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