Petróleo fecha em queda e Brent perde marca de US$ 90, ante preocupações com economia global

A queda nos estoques de petróleo dos Estados Unidos também não foi o suficiente para impedir as perdas dos contratos futuros neste pregão

Ações de 3R Petroleum (RRRP3), Prio (PRIO3) e PetroReconcavo (RECV3) estão em queda em 2023. É hora de comprar? Foto: Unsplash
Ações de 3R Petroleum (RRRP3), Prio (PRIO3) e PetroReconcavo (RECV3) estão em queda em 2023. É hora de comprar? Foto: Unsplash

O petróleo fechou em queda, após dados da balança comercial da China injetarem temores sobre a demanda global de commodities. Além disso, o óleo foi pressionado pela alta do dólar no exterior, seguindo expectativa de mais aperto pelo Federal Reserve (Fed).

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para outubro fechou em queda de 0,76% (US$ 0,67), a US$ 86,87 o barril. O petróleo Brent para novembro, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), fechou com perdas de 0,75% (US$ 0,68), a US$ 89,92 o barril, perdendo o nível de US$ 90 por barril.

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A queda nos estoques de petróleo dos Estados Unidos não foi o suficiente para impedir as perdas dos contratos futuros neste pregão, pressionados por preocupações com a economia global e pela alta do dólar, depois que dados do mercado de trabalho dos EUA renovaram expectativa de nova alta de juros pelo Federal Reserve (Fed) ainda este ano.

Analista da Oanda, Edward Moya nota que os investidores de energia ponderaram sobre o recente rali nos preços do petróleo, considerando as expectativas de redução na oferta contra um cenário de enfraquecimento da Europa e da Ásia. Hoje, dados da balança comercial da China apontaram queda nas importações e exportações que, embora pouco melhores que o esperado, ainda sinalizam fraqueza na demanda doméstica e externa, destaca a CMC Markets.

Para o Julius Baer, a marca do barril Brent acima de US$ 90 se tornou um “imã” para os preços difícil de ignorar, entretanto, este nível desafia os fundamentos atuais do mercado. Na visão do banco, os cortes sauditas são amplamente compensados pela produção de pares – por exemplo, o Irã e países da América Latina – e a China não deve contribuir muito para a demanda global, como esperado pelo mercado. “Vemos mais riscos de baixa no futuro, mas aumentamos o nosso preço-alvo de curto prazo para US$ 82,50 por barril, devido a duas incertezas principais: a dinâmica de alta poderá ganhar força e/ou a política petrolífera eventualmente precisará de ser reiniciada”, aponta o banco.

Com informações do Estadão Conteúdo

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