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Petróleo fecha em alta, de olho em tensões no Oriente Médio e expectativa de demanda
O petróleo fechou em alta nesta terça-feira (13), em meio a continuidade das tensões no Oriente Médio e após a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) reafirmar projeções de demanda para 2024. Os ganhos, no entanto, foram limitados pela forte alta do dólar no exterior, na esteira de dados sobre a inflação dos Estados Unidos.
Na New York Mercantile Exchange, o contrato do WTI para março fechou em alta de 1,24% (US$ 0,95), a US$ 77,87 o barril. O Brent para abril subiu 0,94% (US$ 0,77), a US$ 82,77, perto das 16h50.
O petróleo firmou fortes ganhos neste pregão, consolidando a recuperação das perdas da semana passada, embora longe do pico de janeiro. Os preços foram apoiados pelo relatório mensal da Opep, que manteve previsão de alta na demanda global pelo óleo em 2024, em 2,2 milhões de barris por dia (bpd). O cartel também elevou previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) global de 2,6% a 2,7% e cortou previsão de alta na oferta para 1,2 milhões de bpd.
Na contramão
Na contramão, o diretor executivo da Agência Internacional de Energia (AIE), Faith Birol, projetou que a oferta de petróleo em 2024 será “mais do que suficiente para atender a demanda”, que deve oscilar entre 1,2 a 1,34 milhão de bpd ao longo deste ano. Birol argumenta que a desaceleração do crescimento da China e a rápida transição para veículos elétricos pesará na demanda do óleo. O relatório mensal sobre petróleo da AIE também será divulgado nesta semana, na quinta-feira, 15.
De acordo com a Oanda, o mercado segue “muito volátil” enquanto monitora os conflitos no Oriente Médio e pondera sobre expectativas de juros e crescimento econômico global. “E quanto mais os primeiros cortes nas taxas forem adiados, menos confiantes as pessoas ficarão, o que poderá pesar sobre os preços do petróleo”, prevê a consultoria.
Hoje, a alta do petróleo também foi limitada pela valorização do dólar no exterior, depois que o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos EUA avançou mais do que o esperado em janeiro, adiando de maio para junho a precificação para início dos cortes de juros do Federal Reserve (Fed).
Com informações do Estadão Conteúdo
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