PIB do Brasil cresce 3,4% em 2024, maior taxa desde 2021

O IBGE informou nesta sexta-feira (7) que o PIB do Brasil cresceu 0,2% no 4º trimestre de 2024. Dessa forma, a expansão da economia brasileira no ano ficou em 3,4%, totalizando R$ 11,7 trilhões.
Já o PIB per capita chegou a R$ 55.247,45, com avanço real de 3% frente ao ano anterior.
Essa é a maior expansão desde 2021 (4,8%), quando a atividade começou a se recuperar dos efeitos do pandemia de covid-19.
O resultado – tanto trimestral quanto anual – ficou em linha com as expectativas do mercado financeiro.
O que puxou o crescimento do PIB do Brasil em 2024?
Conforme o IBGE, a indústria (3,3%) e os serviços (3,7%) cresceram em 2024. Enquanto a agropecuária recuou (-3,2%).
Na indústria, os destaques positivos foram a construção (4,3%) e as indústrias de transformação (3,8%). O segundo segmento foi impulsionado principalmente pela alta na fabricação: da indústria automotiva e de equipamentos de transporte; máquinas e equipamentos elétricos; produtos alimentícios e móveis.
Houve crescimento em todas as atividades que compõem o setor de serviços. Informação e comunicação (6,2%), outras atividades de serviços (5,3%), comércio (3,8%), atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (3,7%), atividades imobiliárias (3,3%), transporte, armazenagem e correio (1,9%) e administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (1,8%).
Pelo lado da despesa, a Formação Bruta de Capital Fixo saltou 7,3% em 2024. Isso devido aos aumentos da produção interna e da importação de bens de capital, além da expansão da construção e do desenvolvimento de software.
Outro motor de crescimento do PIB do Brasil foi o consumo das famílias, que avançou 4,8% em relação ao ano anterior. A alta foi puxada pela melhora no mercado de trabalho, pelo aumento do crédito e pelos programas governamentais de transferência de renda.
Já a despesa do consumo do governo avançou 1,9%.
No setor externo, as exportações de bens e serviços cresceram 2,9%. Enquanto as importações subiram 14,7%. Os destaques da pauta de importações foram produtos químicos; máquinas e aparelhos elétricos; veículos automotores; máquinas e equipamentos e serviços.
A taxa de investimento em 2024 foi de 17% do PIB contra 16,4% em 2023. Por sua vez, a taxa de poupança ficou em 14,5% em 2024 ante 15% do ano anterior.

Desaceleração da economia no 4º trimestre
Depois de três trimestres consecutivos de crescimento médio acima de 1%, o PIB do Brasil perdeu força no 4º trimestre de 2024 e teve variação positiva de apenas 0,2%.
A indústria subiu 0,3%, os serviços oscilaram 0,1%. Enquanto a agropecuária recuou 2,3%.
Entre as atividades industriais, o IBGE destacou o crescimento na construção (2,5%), nas indústrias de transformação (0,8%) e nas indústrias extrativas (0,7%).
Pela ótica da despesa, a Formação Bruta de Capital Fixo variou 0,4% e o consumo do governo cresceu 0,6%.
Ao passo que houve queda da despesa de consumo das famílias (-1,0%).
Finalmente, no setor externo, as exportações recuaram 1,3% no 4º trimestre. Enquanto as importações mostraram variação negativa (-0,1%) no período.
Leia a seguir