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Fatura do petróleo pode chegar a 5% do PIB mundial, estima UBS
A fatura global de gastos com petróleo pode chegar a 5% do Produto interno Bruto (PIB) mundial, o que equivale a US$ 4,6 trilhões, se o preço do barril permanecer em US$ 125 neste ano, segundo uma nota do banco UBS destinada a clientes.
O preço do Brent saltou para perto de US$ 140 o barril nesta segunda-feira, depois de sinalizações do secretário de Estado americano, Antony Blinken, de que Washington examinava com seus aliados europeus banir as importações do petróleo proveniente da Rússia, em nova sanção por causa da invasão da Ucrânia.
A cotação baixou depois para cerca de US$ 125, mas ainda custa 60% a mais desde o início do ano e atingiu o valor mais alto em 14 anos. O preço do gás natural europeu também avançou, atingindo alta de 345 euros por megawatt-hora, declinando depois para 215 euros – uma cotação ainda enorme comparado aos 70 euros no começo do ano.
O choque da guerra manterá elevados os preços de commodities. A Rússia representa cerca de 40% do gás importado pela União Europeia (UE) e 30% do petróleo comprado pelos europeus. Também é o maior fornecedor de trigo do mundo. A Ucrânia é um grande exportador de milho, trigo e oleaginosos.
Para o UBS, porém, no caso de uma saída progressiva da Rússia das cadeias de fornecimento mundial de energia, em vez de uma parada imediata agora, o barril de Brent poderia ficar em US$ 125 em junho, US$ 115 em setembro e US$ 105 em dezembro.
Mas se uma guerra prolongada efetivamente colocar fim às exportações russas, o preço do petróleo poderia bater em US$ 150 o barril e o gás deveria ser racionado na Europa, nas projeções do banco suíço.
Para a consultoria Capital Economics, as consequências de uma parada no comércio de energia para a Rússia serão enormes. Calcula que o PIB russo poderá cair 25%, e mesmo mais, em 2022. O resto do mundo enfrentaria inflação por mais tempo, pesando sobre a renda do consumidor e com o evidente efeito sobre a demanda global.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) fez um comunicado alarmista, na visão de alguns críticos, no fim de semana, alertando que a guerra e as sanções vão ter um pacto severo sobre a economia mundial. Além da energia, os preços de trigo e de outros produtos alimentares também vão sofrer.
Com Valor PRO, serviço de informação em tempo real do Valor Econômico
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