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Haddad diz que PIB pode crescer sem pressionar inflação
A projeção do governo para o crescimento da economia será revisada para cima de 2,7% ou 2,8%. Isso após a surpresa positiva do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro no segundo trimestre de 2024, informou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Ele também disse que o resultado pode motivar uma revisão das receitas contidas no Projeto da Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2025.
“Agora, nós vamos provavelmente reestimar o PIB para o ano, que deve, pela força com que ele vem se desenvolvendo, deve superar 2,7%, 2,8%, e há instituições que já estão projetando um PIB superior a 3%”, disse o ministro ao chegar no prédio da Fazenda, em Brasília.
Atualmente, a Secretaria de Política Econômica (SPE) da pasta projeta um crescimento de 2,5% para a economia brasileira em 2024.
“Isso pode, inclusive, ensejar uma reprojeção das receitas para o ano que vem, se continuar forte como está. Então nós vamos analisar com calma a peça orçamentária, que está fechada com o que foi feito em julho”, prosseguiu.
“Mas de julho para cá o PIB evoluiu mais do que nós imaginávamos na ocasião”, completou Haddad.
O PLOA 2025 foi enviado para o Congresso Nacional na sexta-feira, com uma projeção de crescimento de 2,64% do PIB.
“Qualquer coisa para além disso [2,64%] vai se refletir no aumento de receitas provenientes do crescimento orgânico da economia”, explicou o ministro da Fazenda.
PIB do Brasil no 2º trimestre
Sobre o resultado do segundo trimestre deste ano, o ministro destacou o avanço da formação bruta de capital fixo, indicador que mede os investimentos produtivos.
“Nós temos que olhar muito para o investimento, porque é ele que vai garantir um crescimento com baixa inflação. Se nós não aumentarmos a nossa capacidade instalada, vai chegar um momento em que nós vamos ter dificuldades de crescer sem inflação”, destacou Haddad.
Ele acrescentou que algumas indústrias ainda estão com muita margem para crescer produção. O que deve acelerar ainda mais os investimentos nos próximos meses, para que “não haja gargalo na oferta”.
Então, questionado se há uma preocupação de que o resultado do 2º trimestre pode resultar numa pressão inflacionária, Haddad negou.
“Se a demanda vier puxada pelo investimento, daqui para frente, é tudo que a gente quer. O crescimento com um investimento maior é a garantia de equilíbrio entre oferta e demanda.”
Com informações do Valor Econômico
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