Melhores e piores: Shein derruba Magalu (MGLU3), Via (VIIA3) e C&A (CEAB3) e alavanca Springs (SGPS3), que tem a maior alta do dia
Veja as cinco empresas que mais subiram, e as cinco que mais desceram na bolsa nesta sexta (2)
As falas do presidente da Shein para América Latina, o boliviano Marcelo Claure, que estamparam as manchetes dos principais jornais do país nesta sexta-feira (2) empurram as ações da Springs para o alto ao longo do último pregão da semana.
No fechamento, a Springs, que anunciou parceria com o site de Cingapura na segunda metade de abril, fechou com alta de mais de 30% na bolsa. A expectativa é que a empresa seja beneficiada pela nacionalização da maior parte da produção do que é vendido pela Shein para o Brasil, podendo o país ser também um polo de produção para toda a América Latina.
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Apesar dos ganhos nesta sexta, as ações da Springs ainda registram um saldo negativo nos últimos 12 meses, com queda de mais de 27% no período. Em 2023, porém, a empresa registra bom resultado na bolsa, com alta de 66,93% desde janeiro.
A Springs, uma das empresas ligadas ao presidente da Fiesp, Josué Gomes, teve dois saltos na bolsa neste ano. O primeiro foi no dia 20 de abril, data em que foi revelado o acordo com a Shein, quando as ações saltaram de R$ 0,73 para R$ 1,43.
Agora, a empresa vive sua segunda onda de valorização, pulando de R$ 1,28, registrado no dia 30 de maio, para os R$ 2,12 desta sexta.
Além da Springs, outras duas parceiras da Shein ocupam a lista de maiores altas na bolsa entre empresas com movimentação de mais de R$ 1 milhão no dia: Santanense e Coteminas, que também anunciaram acordo com o site de Cingapura em abril e são empresas que pertencem ao mesmo grupo, que também opera a Springs.
Perdas
Se a Springs se beneficia da possibilidade de nacionalização da produção da Shein, a Via e a Infracommerce perdem consideravelmente com a notícia, ao menos aos olhos do investidor. As duas empresas ficaram com as maiores quedas da bolsa nesta sexta.
A Via sofre pelo fato de ser um dos players de varejo que podem ter seu espaço ocupado pela asiática. Já a Infracommerce entra na onda porque é uma das principais fornecedoras de tecnologia para os e-commerces e marketplaces nacionais.
Devido a isso, a Via fica com a maior queda do dia, com perda de mais de 10%, enquanto a Infracommerce fica com a segunda maior desvalorização (entre empresas com volume diário acima de R$ 1 milhão), com queda de mais de 7%.
Magalu e C&A também sofrem
Outras empresas do varejo que foram arrastadas para o final da fila no pregão desta sexta por conta das declarações do executivo da Shein foram a Magalu e a C&A, que também devem ser impactadas pelo avanço do poderio da asiática no Brasil e na América Latina.
Durante a entrevista, divulgada amplamente nesta sexta, Claure, da Shein, disse que já são mais de 100 fábricas atuando no país para produzir as peças comercializadas no país e na América Latina, especialmente na parte de vestuários.
Apesar de ter aparecido no varejo online com a venda principalmente de eletrodomésticos e eletroeletrônicos, o Magalu ampliou seu leque de opções no e-commerce ao adquirir sites especializados em vestuário e acessórios, como Zattini e Netshoes.
Veja as melhores ações* do dia
- Springs (SGPS3) +32,91%
- Estapar (ALPK3) +18,30%
- Santanense (CTSA4) + 15,98%
- Coteminas (CTNM4) +14,28%
- Profarma (PFRM3) +8,06%
Piores*
- Via (VIIA3) -10,35%
- Infracommerce (IFCM3) -7,18%
- Cambuci (CAMB3) -5,05%
- C&A (CEAB3) -4,68%
- Magazine Luiza (MGLU3) -4,67%
*A lista de melhores e piores da bolsa contempla empresas que negociam ações na B3 , dentro ou fora do Ibovespa e outros índices, e que no dia tiveram volume de negociação na casa dos milhões de reais, ou acima disso.