O índice de gerente de compras (PMI, na sigla em inglês) composto da zona do euro, que reúne dados do setor industrial e também de serviços, caiu para 49,6 em setembro, de 51 em agosto, entrando em contração primeira vez desde fevereiro.
Já o índice de serviços recuou para 51,4 em setembro, de 52,9 em agosto, seu menor nível em sete meses. As três grandes economias da zona do euro – Alemanha, França e Itália – registraram contrações mensais na atividade empresarial, com a Espanha conseguindo evitar ser puxada para baixo pelas dificuldades de seus vizinhos.
“A situação no setor de serviços na zona do euro continuará a se deteriorar. Isso é indicado pelo declínio em novos negócios. Pela primeira vez desde fevereiro, caiu na zona do euro em comparação ao mês anterior”, diz o economista-chefe do S&P Global Market Intelligence, Chris Williamson.
“Considerando a contração contínua na indústria, a economia da zona do euro provavelmente cresceu apenas a uma taxa marginal no terceiro trimestre.”
Alemanha
O PMI composto da Alemanha caiu para 47,5 em setembro, de 48,4 em agosto, seu menor nível em sete meses e se mantendo em contração, informaram o Hamburg Comercial Bank e a S&P Global.
O índice de serviços recuou para 50,6 em setembro, de 51,2 em agosto e em linha com o consenso projetado por economistas consultados pelo “The Wall Street Journal.” O crescimento no setor desacelerou pelo quarto mês consecutivo.
“O setor de serviços está começando a perder seu papel como âncora da estabilidade econômica”, diz o economista-chefe do Hamburg Commercial Bank, Cyrus de la Rubia. “As dificuldades no setor industrial estão começando a se espalhar para os serviços.”
Segundo ele, que é realmente preocupante é a queda acentuada em novos pedidos, e se essa tendência continuar, a situação pode piorar antes de melhorar. Os provedores de serviços ainda estão sentindo o aperto dos altos custos, e vêm cortando vagas de emprego, enquanto a confiança no setor também foi afetada, afirma.
Reino Unido
O PMI composto do Reino Unido caiu para 52,6 em setembro, de 53,8 em agosto, segundo dados divulgados pelo S&P Global.
Quando o indicador fica acima de 50 pontos indica que há expansão na atividade, caso contrário, retração. O índice de serviços recuou para 52,4 em setembro, de 53,7 em fevereiro e ante o consenso de 52,8 projetado por economistas consultados pelo “The Wall Street Journal”.
O PMI de setembro sugere que a economia do Reino Unido ainda está em uma trajetória positiva, com a melhora nos pedidos acompanhada por reduções nas pressões inflacionárias, que desaceleração na inflação de preços cobrados em serviços.
“No entanto, a recuperação pós-eleitoral perdeu um pouco de ímpeto, já que a produção, o novo trabalho e o emprego aumentaram no ritmo mais lento em três meses”, diz o diretor de economia da S&P Global Market Intelligence, Tim Moore. Já os custos de empréstimos mais baixos e maior certeza em relação à política monetária aumentaram as expectativas de crescimento no setor.
*Com informações do Valor Econômico
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