Ações da Petrobras (PETR3 e PETR4) têm queda acentuada após notícia de senador do PT como próximo presidente
As ações da Petrobras, que operam em queda desde o início do pregão desta segunda-feira (31), acentuaram as perdas após notícia de que o senador Jean Paul Prates (PT-RN) é cotado para assumir a presidência da estatal. As ações preferenciais (PETR4) chegaram a cair 10% logo após a divulgação da notícia, e, por volta de 16h45, cediam 8,81%, aos R$ 29,71. No mesmo horário, as ações ordinárias (PETR3) recuavam 7,27%, para R$ 33,18. O Ibovespa subia 1,28%, aos 116.005 pontos.
Embora o Ibovespa como um todo tenha operado com forte volatilidade ao longo de todo o pregão desta segunda-feira, as estatais são pressionadas desde o início do dia. O mercado ainda tem dúvidas sobre qual será a política de preços de combustíveis do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e vê menos probabilidade de privatizações durante o governo do petista.
Além disso, o J.P. Morgan cortou a recomendação de Petrobras de compra para neutro e o preço-alvo de R$ 53 para R$ 37 nas ações ordinárias e preferenciais.
Com Lula, como fica política de preços da Petrobras?
Em seu programa de governo e durante a campanha, o presidente eleito defendeu “abrasileirar” a política de preços da Petrobras. O PPI (Paridade de Preços de Importação), usado pela estatal para reajustar o preço dos combustíveis vendido aos fornecedores com o custo operacional em dólar, seria descartado. No lugar, Lula usaria o Real no lugar do câmbio para vender combustíveis no mercado nacional e internacional.
A medida é vista com receio pelo mercado. Especialistas disseram à Inteligência Financeira que a mudança pode trazer volatilidade negativa às ações da Petrobras, tanto ON quanto PN. A companhia ainda pode sofrer diminuição de caixa — os dividendos podem encolher, como resultado.
À Inteligência Financeira, o trader e investidor Rodrigo Cohen aponta como o governo Lula pode afetar as ações da Petrobras.
Com informações do Valor Econômico
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