Bolsonaro é alvo de investigação da PF e deve entregar passaporte em 24h

Operação Tempus Veritatis também mira aliados do ex-presidente, como os ex-ministros Braga Netto e Augusto Heleno

O ex-presidente Jair Bolsonaro. Foto: Adriano Machado/Reuters
O ex-presidente Jair Bolsonaro. Foto: Adriano Machado/Reuters

O ex-presidente Jair Bolsonaro está entre os alvos da investigação da Polícia Federal (PF). O objetivo, portanto, é apurar a organização criminosa responsável por atuar em tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito.

Apesar de não ser um dos alvos dos mandados de busca e apreensão, Bolsonaro é obrigado a entregar seu passaporte à PF em até 24 horas.

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A operação atende medidas expedidas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes.

PF mira aliados de Bolsonaro

Com o nome de Tempus Veritatis (hora da verdade, em latim), a PF mira aliados do ex-presidente. Ou seja, Braga Netto, Augusto Heleno, Anderson Torres e Valdemar Costa Neto.

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Aliás, os ex-assessores de Bolsonaro, Marcelo Câmara e Filipe Martins, já foram presos. Essa etapa da investigação tem base na delação do tenente coronel Mauro Cid.

De acordo com informações da PF, o Exército Brasileiro acompanha o cumprimento de parte dos mandados.

Segundo a Polícia Federal, estão sendo cumpridos um total de 33 mandados de busca e apreensão. Isso além de quatro mandados de prisão preventiva e 48 medidas cautelares diversas da prisão.

Entre elas, por exemplo, estão a proibição de manter contato com os demais investigados, suspensão do exercício de funções públicas e proibição de se ausentarem do país.

O motivo da operação

Nesta etapa da operação, a PF aponta que o grupo investigado se dividiu em núcleos de atuação para disseminar desinformação sobre supostas fraudes nas eleições de 2022.

Essa atuação teria começado ainda antes do pleito, com o suposto objetivo de “viabilizar e legitimar uma intervenção militar, em dinâmica de milícia digital”.

Segundo a PF, o primeiro eixo de atuação do grupo consistiu na construção e propagação de informação falaciosa sobre vulnerabilidades do sistema eletrônico de votação.

O discurso foi reiterado pelos investigados desde 2019 e persistiu mesmo após os resultados do segundo turno de 2022.

Essas afirmações também faziam parte dos discursos do próprio ex-presidente Bolsonaro. Assim, pesaram na decisão do Tribunal Superior Eleitoral que levou à sua inelegibilidade em 2023.

A partir da disseminação da desinformação, o grupo também teria praticado “atos para subsidiar a abolição do Estado Democrático de Direito”.

“Através de um golpe de Estado, com apoio de militares com conhecimentos e táticas de forças especiais no ambiente politicamente sensível”, conforme informado pela Polícia Federal.

A investigação apura os crimes de organização criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado.

Com informações do Estadão Conteúdo

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