O que se sabe sobre Bolsonaro: aliados temem prisão; congressistas americanos sugerem extradição

O ex-presidente viajou para os EUA dois dias antes do final de seu mandato

O ex-presidente Jair Bolsonaro. Foto: Ricardo Moraes/Reuters
O ex-presidente Jair Bolsonaro. Foto: Ricardo Moraes/Reuters

Os atos terroristas ocorridos neste domingo (8) em Brasília elevaram os temores dos aliados sobre o futuro próximo de Jair Bolsonaro. Nos Estados Unidos, congressistas democratas avaliam entrar com pedido de extradição do ex-presidente, que está na Flórida.

Segundo coluna de Malu Gaspar, em O Globo, aliados próximos temem a prisão de Bolsonaro na esteira dos atos terroristas que culminaram com a invasão e depredação do Palácio do Planalto, Congresso Nacional e Supremo Tribunal Federal.

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“Agora a leitura compartilhada por aliados do ex-presidente e ministros de tribunais superiores é de que a situação de Bolsonaro ficou delicadíssima. ‘Eu acho que, a médio prazo, ele não escapa’, disse um magistrado que acompanhou perplexo os atos”, diz trecho da coluna.

Nas redes sociais, a deputada americana Alexandria Ocasio-Cortez, do partido Democrata, compartilhou vídeo da invasão do Congresso brasileiro e escreveu que os Estados Unidos “devem parar de dar refúgio a Bolsonaro”. O deputado pelo Texas, Joaquim Castro, também democrata, disse que “terroristas domésticos e fascistas não podem usar a cartilha de Trump para minar a democracia”.

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Bolsonaro viajou para Orlando, na Flórida, dois dias antes do final do mandato para não participar da posse de seu sucessor. Ele está hospedado na casa do lutador de MMA José Aldo.

Segundo a coluna de Gaspar, os aliados e magistrados apostam que os atos terroristas irão minar o capital político do ex-presidente, já desgastado nos últimos meses, após omissão enquanto extremistas estavam acampados em frente a quartéis das Forças Armadas.

No cálculo dos aliados, quanto mais vulnerável e com menos apoio popular, maiores as chances de parar na cadeia. O maior temor é com as investigações vindas do STF, nas mãos do ministro Alexandre de Moraes, sob o inquérito das fake news e das milícias digitais.

Colaborou Allan Ravagnani

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