Bolsonaro exonera Silvinei Vasques, diretor-geral da PRF, investigado por improbidade
Diretor-geral é alvo de inquérito por improbidade administrativa e omissão ao romper bloqueios golpistas
O presidente Jair Bolsonaro (PL) exonerou o diretor-geral da Polícia Rodovária Federal (PRF), Silvinei Vasques, réu por improbidade administrativa desde o final de novembro por pedir votos para Bolsonaro durante as eleições e que esteve no comando da corporação durante bloqueios nas estradas no segundo turno do pleito no Nordeste.
A exoneração foi publicada na edição desta terça-feira (20) do Diário Oficial da União (DOU) e assinada pelo ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira.
Receba no seu e-mail a Calculadora de Aposentadoria 1-3-6-9® e descubra quanto você precisa juntar para se aposentar sem depender do INSS
O juiz José Arthur Diniz Borges, da 8ª Vara Federal do Rio de Janeiro, aceitou no final de novembro uma ação movida pelo Ministério Público Federal (MPF) contra Silvinei Vasques. Com isso, ele se tornou réu por improbidade administrativa.
O pedido do Ministério Público Federal foi apresentado no dia 15 de novembro. Na ocasião, o órgão argumentou que Vasques fez uso indevido do cargo ao ter pedido votos para o presidente Jair Bolsonaro (PL), que disputou a reeleição e foi derrotado por Lula (PT).
Últimas em Política
Em nota na ocasião, a PRF disse que “acompanhava com naturalidade a determinação de citação” de Vasques.
Ex-diretor geral da PRF é investigado em caso dos bloqueios
Vasquez ainda é alvo de investigação por omissão na conduta da PRF ao aliviar bloqueios provocados por apoiadores do presidente após a derrota de Bolsonaro nas eleições para Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O MPF aponta que há indícios de motivos políticos por trás da falta de atitude da PRF nas primeiras horas dos bloqueios.
Além disso, um inquérito aberto pela Polícia Federal (PF) investiga blitze da PRF no dia do segundo turno da eleição: contrariando determinação da Justiça, agentes pararam ônibus que faziam transporte gratuito de eleitores. A corporação alega que fiscalizou questões técnicas dos veículos, como condições de pneus.