Confiança dos consumidores sobe em fevereiro com ajuda do Auxílio Brasil, diz FGV

A instituição detectou um aumento da intenção de compra de bens duráveis, como carros

Movimentação do comércio de rua em Campinas (SP) (Foto: Luciano Claudino/Código 19/Agência O Globo)
Movimentação do comércio de rua em Campinas (SP) (Foto: Luciano Claudino/Código 19/Agência O Globo)

O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) do FGV/Ibre subiu 2,9 pontos em fevereiro, para 77,0 pontos, o maior nível desde agosto de 2021 (81,8 pontos). Em médias móveis trimestrais, o indicador subiu 0,7 ponto, para 75,5 pontos.

Segundo o FGV, em fevereiro, houve melhora da confiança dos consumidores influenciada por uma avaliação menos negativa sobre a situação atual e por um aumento das expectativas em relação aos próximos meses. A instituição percebeu um aumento da intenção de compras de bens duráveis, em queda há cinco meses consecutivos.

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Para o FGV/Ibre, o resultado positivo pode ter sido influenciado pelo Auxílio Brasil nas faixas de renda mais baixas, perspectivas mais favoráveis sobre o mercado de trabalho e situação econômica que voltaram a ficar mais otimistas, com indicadores superando o nível neutro de 100 pontos.

“Mas é preciso ter cautela, o nível ainda é muito baixo em termos históricos e o comportamento volátil dos consumidores nos últimos meses mostram que a incerteza elevada tem afetado bastante a manutenção de uma tendência mais clara da confiança no curto prazo.”, afirma em nota a coordenadora das sondagens do FGFV/Ibre, Viviane Bittencourt.

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Em fevereiro, o Índice de Situação Atual (ISA) subiu 1,5 pontos, para 67,6 pontos. Apesar do resultado positivo pelo segundo mês consecutivo, o índice permanece em patamar muito baixo em termos históricos.

Já o Índice de Expectativas (IE) subiu 3,8 pontos, para 84,5 pontos, maior desde agosto de 2021 (90,9).

O indicador que mede a satisfação sobre as finanças pessoais subiu 1,7 ponto, para 61,7 pontos, e o que mede a percepção sobre a situação econômica atual se recuperou pelo terceiro mês consecutivo, subindo 1,0 ponto passando para 74,0 pontos. Apesar do avanço, ambos se mantém em patamar muito baixo em termos históricos.

Com relação às expectativas para os próximos meses, o indicador que mais influenciou o IE foi o que mede a intenção de compras de bens duráveis próximos meses. Após cinco meses de sucessivas quedas, o indicador avançou 8,8 pontos, para 69,1 pontos, maior valor desde agosto de 2021 (69,7 pontos).

O indicador que mede as perspectivas sobre a situação financeira familiar cedeu 0,4 ponto, para 84,2 pontos, enquanto o indicador que captura as projeções sobre a situação econômica geral subiu 2,7 pontos para 102,3 pontos.

(Do Valor PRO, o serviço de notícias em tempo real do Valor Econômico)

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