Cotado para a Fazenda, Haddad diz que foi autorizado por Lula a participar de reuniões da equipe econômica da transição

Ex-ministro da Educação disse que ainda não foi convidado pelo presidente para assumir a pasta

O ex-ministro Fernando Haddad afirmou que foi autorizado pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva a participar da discussões do grupo de Economia da transição de governo a partir desta terça-feira. Ao longo de todo o dia Haddad participará de agendas com economistas que compõem a equipe como Guilherme Mello, Gabriel Galípolo e Nelson Barbosa.

Questionado sobre a possibilidade de negociação dos prazos colocados pela “PEC da transição” protocolada nesta segunda, que prevê que o Bolsa Família fique quatro anos fora do teto, Haddad disse que não poderia comentar o tema já que ainda não estava a par das discussões.

O ex-ministro é um dos principais cotados para assumir o Ministério da Fazenda, mas afirmou que ainda não recebeu convite do presidente eleito.

“Eu mesmo passarei a integrar o grupo de economistas a partir de amanhã. E depois que eu estive na Febraban e fui ao presidente Lula no período da tarde de sexta-feira e ele pediu que a partir de amanhã quando alguns economistas estarão aqui a partir do final da tarde de amanhã. eu vou encontrar alguns deles para me apropriar desses assuntos e poder interagir. Eu fui convidado exclusivamente para interagir com o grupo da economia que fez a transição até aqui. Não recebi nenhum outro convite”, disse Haddad, afimando ainda que estava na condição de “colaborador” do governo eleito.

Fernando Haddad comentou ainda sobre a reação do mercado à sua participação no almoço na Febraban, na sexta-feira. Na ocasião, banqueiros consideraram que o petista assumiu um “discurso genérico” e sem “senso de urgência”.

“Eu fui lá na condição de representante do presidente Lula. Não fui na condição de integrante do grupo de economia da transição com o qual eu vou interagir a partir de amanhã . Eu não podia ir na Febraban levar uma notícia que eu não tinha. Eu entendo da parte dos operadores do mercado a ansiedade em saber como as negociações vão ocorrer, mas eu não era a pessoa mais indicada para esse papel e deixei claro quando declinei do convite de ir como pessoa física”, ponderou Haddad.

O petista evitou opinar sobre a “PEC da Transição” e disse que o fará apenas de maneira reservada para colaborar com o governo eleito.

“Eu estou aqui na condição de colaborador para dar opiniões sobre como eu acho que deve caminhar esse assunto, mas vou fazer isso de forma reservada pela confiança que o presidente deposita em mim ao longo desses anos todos de poder colaborar com ele, com o governo dele, da forma que eu acho mais adequada”, explicou.

Por Paula Ferreira e Jeniffer Gularte

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