Gleisi a Campos Neto: ‘Seus juros só beneficiam o rentismo’

A presidente do PT, ao lado de Lula, tem vocalizado as críticas mais duras ao atual patamar de juros

'Sua política monetária já foi derrotada', escreveu Gleisi a Campos Neto. Foto: Paulo Sergio/Câmara dos Deputados
'Sua política monetária já foi derrotada', escreveu Gleisi a Campos Neto. Foto: Paulo Sergio/Câmara dos Deputados

Depois de o Comitê de Política Monetária (Copom) divulgar a decisão de manter em 13,75% a taxa básica de juros (Selic), a presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann, criticou a decisão em sua conta no Twitter.

A parlamentar tem vocalizado, ao lado de Lula, as críticas mais duras ao atual patamar de juros.

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“Roberto Campos, explica: como empresários podem captar recursos c/ os maiores juros do mundo? Como investir se o dinheiro aplicado rende 8% reais? Vc ñ entendeu seu compromisso c/ o Brasil? Seus juros só beneficiam rentismo e quem ñ produz. Sua política monetária já foi derrotada”, afirmou na rede social.

O deputado federal Guilherme Boulos (Psol-SP) classificou como “absurda” a manutenção da Selic.

“Vamos convocar Campos Neto na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara para se explicar! Não é possível que esses juros abusivos sejam mantidos no Brasil.”, publicou em sua conta no Twitter.

Já o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou na noite de quarta-feira que tem uma “relação institucional” com o presidente do BC, Roberto Campos Neto, que “nunca se perdeu e nunca se perderá”. Antes, ele havia classificado como “preocupante” o comunicado do Copom.

Haddad afirmou que técnicos da Fazenda e BC “têm reuniões o tempo todo”. Também lembrou que o governo deve “mandar para a Casa Civil um conjunto de medidas para melhorar ambiente de crédito”.

O ministro disse também que reconhecia uma menção que o BC fez no comunicado do Copom de que a Fazenda “está cumprindo o calendário” para as contas públicas apresentado em janeiro.

“Não existe ruído quando existe boa fé”, disse. “Estou aqui emitindo uma opinião [a respeito do comunicado].”

Ele ainda afirmou que o objetivo é que o diálogo entre as duas partes “seja franco” e que traga “crescimento com inflação baixa”.

As afirmações foram feitas a jornalistas na saída da sede da pasta.

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