Governo autoriza concursos para BC e CVM após mais de uma década

Órgãos reguladores foram contemplados em anúncio do governo para um total de quase 2.500 vagas

Sede do BC: uma de suas funções é ser o “banco dos bancos" - Foto: Raphael Ribeiro/BCB
Sede do BC: uma de suas funções é ser o “banco dos bancos" - Foto: Raphael Ribeiro/BCB

O Banco Central (BC) e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) terão concursos públicos para preencher o quadro de funcionários após pelo menos uma década.

As reguladoras do setor financeiro e do mercado de capitais foram contempladas no pacote anunciado nesta terça-feira pela ministra da Gestão e da Inovação, Esther Dweck, para abrir concursos para 2.480 cargos no governo federal.

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O BC, que não abre um concurso há 10 anos. teve autorização para 100 vagas.

No caso da CVM, que poderá contratar até 60 funcionários, será o primeiro concurso desde 2010.

A Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) foi liberada para um lote de 40 vagas.

Protestos

Os anúncios chegam na esteira de protestos de funcionários e reclamações públicas de representantes dessas autarquias em relação às condições de trabalho e falta de pessoal.

Há meses, empregados do BC têm feito greves e paralisações, reclamando também reajuste salarial e plano de carreira, o que tem resultado em atrasos na divulgação de relatórios da instituição.

Na segunda-feira, servidores do órgão decidiram intensificar a operação padrão em atividades do órgão, após não chegarem a um acordo com o governo.

A operação padrão implica maior lentidão dos funcionários na execução de suas atividades.

Em outra frente, o presidente da CVM, João Pedro Barroso, disse que o órgão regulador precisaria de 3 a 4 vezes o número atual de servidores, cerca de 300, para executar adequadamente as atividades do órgão.

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