Governo desiste de indicar Mantega para conselho fiscal da Eletrobras
Governo Lula desistiu da indicação um dia antes de uma assembleia de acionistas que vai eleger o novo conselho de administração e o novo conselho fiscal da companhia

A Eletrobras (ELET3) informou nesta segunda-feira (28), que o governo federal desistiu de indicar o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega para compor o conselho fiscal da companhia elétrica.
Em comunicado, a Eletrobras reproduziu uma carta que recebeu do Ministério das Minas e Energia confirmando a decisão.
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“Faço referência às indicações da união dos membros dos conselhos de administração e
fiscal da Centrais Elétricas Brasileiras (Eletrobras). A esse respeito, informo que o cargo de titular do conselho fiscal será indicado oportunamente, tendo em vista a desistência do senhor Guido Mantega”, diz a carta assinada pelo chefe substituto de gabinete do ministro de Minas e Energia, Brenno Leopoldo Cavalcante de Paula.
O anúncio acontece na véspera de uma importante assembleia de acionistas, que vai eleger a nova composição do conselho de administração e fiscal da Eletrobras.
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O pleito vem sendo precedido por uma intensa disputa de bastidores entre um bloco da situação, que vem recomendando a reeleição da maioria dos atuais conselheiros, e outro puxado por Marcelo Gasparino, atual membro do conselho da companhia, mas que vem concorrendo por fora.
Mantega era indicado pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva, do qual Foi ministro do Planejamento e da Fazenda em mandatos anteriores do PT, incluindo do próprio Lula.
A indicação veio na esteira de uma longa negociação entre a Eletrobras e o governo para elevar, de um para três, o número de cadeiras no conselho de empresa de energia. Pelo acordo acertado no mês passado, essa mudança elevará o número de componentes do conselho, de nove para 10.
Disputa pós-privatização
Com a privatização em 2022, no governo Jair Bolsonaro, a Eletrobras diminuiu a participação da União na Eletrobras, de 69% para 43%.
O governo de Luiz Inácio Lula da Silva, que assumiu em 2023, criticou o modelo de privatização, que deixou a União com apenas uma cadeira no conselho.