Governo monitora ‘com atenção’ volatilidade de preços do petróleo, dizem ministérios

Possíveis reflexos nas cadeias de produção e fornecimento da commodity também estão sendo acompanhados

Adolfo Sachsida diz ter certeza de venda total das refinarias da Petrobras em acordo com Cade (Imagem: André Motta de Souza/ Agência Petrobras)
Adolfo Sachsida diz ter certeza de venda total das refinarias da Petrobras em acordo com Cade (Imagem: André Motta de Souza/ Agência Petrobras)

Em nota conjunta, o Ministério de Minas e Energia e do Ministério das Relações Exteriores informaram nesta quinta-feira que o governo brasileiro “acompanha com atenção” a volatilidade dos preços internacionais de petróleo e gás natural, bem como os possíveis reflexos nas cadeias de produção e fornecimento de petróleo, gás natural e seus derivados no mercado internacional.

“O governo brasileiro saúda a iniciativa adotada pelos países membros da Agência Internacional de Energia, vinculada à OCDE, em 1º de março corrente, no sentido de liberar 60 milhões de barris de petróleo adicionais, equivalentes a 2 milhões de barris/dia, pelos próximos 30 dias”, registra, a nota.

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Em relação ao mercado doméstico, o governo brasileiro ressaltou que “as políticas públicas e leilões promovidos pelo MME vêm garantindo a manutenção dos investimentos e modernização na indústria do petróleo brasileira”. Lembrou ainda que, nos últimos três anos, a produção nacional de petróleo e gás natural aumentou 16% e 22% respectivamente.

“O Brasil é importante produtor mundial de petróleo, com uma média de 3 milhões de barris por dia, contribuindo para o aumento da segurança energética global, com crescente diversificação de atores e solidez do mercado”, destacou, no posicionamento.

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Para o governo, o “atual momento”, marcado pelos efeitos da invasão da Ucrânia por militares da Rússia, reforça a importância da diversificação da matriz energética, de forma a assegurar acesso à energia mais seguro e sustentável. Os ministérios frisaram ainda que o país detém “uma das matrizes mais limpas do mundo” e continuará estimulando as fontes limpas e renováveis, inclusive a bioenergia moderna e os biocombustíveis.

“O governo brasileiro seguirá acompanhando a evolução dos mercados de energia, em permanente diálogo e coordenação com seus parceiros, em especial no G20, e em colaboração com as agências especializadas, em particular a Agência Internacional de Energia. O Brasil continuará a promover nesses foros a estabilidade e a sustentabilidade dos mercados globais de energia”, conclui a nota conjunta do MME e do Itamaraty.

Com Valor PRO, serviço de informação em tempo real do Valor Econômico

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