Haddad diz ter como meta baixo desemprego, inflação controlada e contas públicas estáveis

Futuro ministro da Fazenda promete anunciar nesta terça parte de sua equipe que, segundo ele, será 'plural'

Fernando Haddad é ministro da Fazenda no governo Lula (Foto: Adriano Machado/Reuters)
Fernando Haddad é ministro da Fazenda no governo Lula (Foto: Adriano Machado/Reuters)

Indicado para o Ministério da Fazenda, Fernando Haddad comparou hoje a condução da política econômica com “levar na ponta dos dedos um carro em alta velocidade”. E disse que quer chegar, em sua gestão, a um país com “baixo desemprego, inflação controlada, contas públicas estáveis, Estado com capacidade de investimento”.

Ele conversou com jornalistas no hotel em que ele e o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, estão hospedados em Brasília.

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“Conduzir política econômica é levar na ponta dos dedos um carro em alta velocidade. Porque se sabe aonde quer chegar: baixo desemprego, inflação controlada, contas públicas estáveis, Estado com capacidade de investimento”, disse Haddad. “Você constrói isso tomando as decisões corretas.”

O futuro ministro afirmou que indicará amanhã dois ou três nomes para compor sua equipe. Ele disse que pretende compor “uma equipe plural”, com pensamentos diversos. E afirmou ser preciso “desedeologizar” a questão da economia no Brasil, adotando medidas com base no que “a experiência e a evidência apontam para o momento”.

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“Não quero uma escola de pensamento comandando a economia”, afirmou. “Indução ao crescimento depende do momento que a economia está vivendo. Tem que ver o quadro para determinar a medida certa.”

Haddad diz ter ouvido de Lula que o presidente eleito quer um ministro do Planejamento “afinado” com seu ministro da Fazenda. Lula ainda não anunciou quem será o titular. Haddad admitiu ter feito sugestões de nomes para o presidente eleito, que ele não revelou quem são.

“Fiz ponderações sobre indicado ao Planejamento para que equipes estejam integradas”, afirmou.

Haddad comentou ainda a situação do Banco Central, que recentemente se tornou independente, com seu presidente tendo um mandato fixo de quatro anos. O atual presidente da instituição, Roberto Campos Netto, tem mandato até 2026.

“Precisamos respeitar nova institucionalidade no BC”, disse Haddad. “É inédito no Brasil ministro da Fazenda assumir com presidenre do BC já tendo mais de dois anos de mandato. Temos que tratar isso com muito zelo para construir essa relação.”

Governo tem prerrogativa de, daqui a dois anos, indicar presidenre do BC

Haddad e sua equipe se reunirão amanhã com o ministro da Economia, Paulo Guedes. Na entrevista, o futuro ministro afirmou que manterá projetos que julgar “importantes para o país”.

“Não há nenhuma intenção de descontinuar projetos importantes para o país”, disse. “Amanhã farei encontro inaugural com Guedes. Minha equipe se reunirá secretaria por secretaria com ele.”

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