Haddad: textos de reforma do IR só serão enviados ao Congresso após consenso
Para o ministro da Fazenda, de nada adianta enviar projeto ao Legislativo que não tenha sido conversado antes com a sociedade
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta terça-feira, 19, que os textos da reforma do Imposto de Renda (IR) poderão ser enviados ao Congresso assim que houver consenso.
Ele foi questionado por jornalistas se não seria ruim deixar de enviar uma parte nos próximos 90 dias. “Entendemos que não. Podemos mandar à medida que os textos vão sendo dialogados com a sociedade”, disse.
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Para Haddad, de nada adianta enviar projeto ao Legislativo que não tenha sido conversado antes com a sociedade. “Chega ruim no Congresso. Em vez de ajudar o Pais, atrapalha. Vira um Frankenstein, não vale a pena, argumentou.
O ministro falou com jornalistas ao deixar seminário “Descarbonização: Rumo à Mobilidade de Baixo Carbono no Brasil”, realizado pelo Esfera Brasil e MBCBrasil, em Brasília.
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Haddad voltou a elogiar o secretário Bernard Appy, dizendo que o profissional tem sido muito técnico e cauteloso nas propostas. “Ele expõe para a equipe, depois expõe na Casa Civil para o presidente. Tenho certeza que o Congresso vai preferir receber, algumas semanas depois, um projeto bom, do que receber uma coisa que ele vai ter que arrumar depois.”
Regulamentação da reforma tributária
Sobre a regulamentação da reforma tributária, o ministro da Fazenda disse que ela precisa ser aprovada pelo Congresso até o ano que vem e afirmou acreditar que haja tempo para uma votação na Câmara ainda neste ano. “Se a regulamentação da tributária for agora em abril para o Congresso e tivermos um bom relator designado, eu penso que é possível chegar após as eleições (municipais) com um entendimento”, disse a jornalistas.
De acordo com Haddad, durante as eleições, não haverá tempo para fazer audiências púbicas, mas será possível adiantar alguns pontos. “Isso vai depender muito da habilidade do relator e acredito que, na Câmara, pelo menos, haja tempo para votar.”
Com informações do Estadão Conteúdo