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IF Hoje: A dez dias do 2º turno, eleição mexe mais com o humor do mercado
Até o meio desta semana, a eleição presidencial mais disputada e polêmica desde a redemocratização pouco tinha afetado o mercado financeiro brasileiro. No entanto, notícias surgidas na quarta (19) e na quinta-feira (20) estão mexendo com o humor dos investidores.
Na quarta (19), foi a pesquisa de intenção de voto do instituto Datafolha que animou os bolsonaristas ao mostrar o atual presidente da República tecnicamente empatado, dentro da margem de erro, com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Lula apareceu com 52% das intenções (em votos válidos), contra 48% de Jair Bolsonaro (PL).
Houve gestores de investimentos que compraram ações da Petrobras na quinta (20) por acreditar que a gestão de Bolsonaro está sendo mais benéfica para as empresas estatais de forma geral e o atual presidente aumentou as chances de se reeleger. O papel preferencial da petroleira (PETR4) teve a maior alta do Ibovespa, o principal índice acionário da Bolsa B3, ao subir 2,96%. Também foi o mais negociado do pregão.
Ainda na quinta (20), uma reportagem da Folha de S.Paulo dizendo que o ministro da Economia, Paulo Guedes, pretende deixar de reajustar o salário mínimo pela variação da inflação levantou muita discussão nas redes sociais. De acordo com a Folha, a medida seria tomada para promover reajustes menores do mínimo e conseguir acomodar, em 2023, o excesso de gastos realizados por Bolsonaro com benefícios sociais para agradar o eleitor nos últimos meses.
A chuva de benesses vem preocupando os investidores, tanto pelo risco de perda de credibilidade do governo quando a distância entre a arrecadação e as despesas aumenta quanto pela pressão inflacionária que traz. Então, a perspectiva de ajustes para evitar a piora do cenário fiscal agrada bastante.
O assunto esquentou mais na noite de quinta (20), com uma ofensiva da campanha petista para criticar a intenção de Guedes de reduzir os aumentos do salário mínimo, e pode ter novas repercussões no mercado nesta sexta (21).
Agenda do dia
- 6h – Zona do Euro: Cúpula de líderes
- 10h10 – EUA: Discurso de John Williams, presidente da sucursal de Nova York e membro do comitê de política monetária do Fed
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