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Inflação na Argentina cresce ainda mais em abril e atinge 109%
A inflação na Argentina continuou a crescer em abril, e atingiu patamar de 108,8% no último mês, segundo o Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec). Em relação ao mês anterior, quando o índice do país vizinho se fixou em 107,1%, a alta foi de 8,4%, ou crescimento de 1,3 ponto porcentual.
O resultado mensal marca a primeira vez em 20 anos que o dado supera os 8%. O resultado também está longe do prognóstico feito pelo ministro da Economia, Sergio Massa, no ano passado de que a inflação mensal de abril “começaria com um três na frente”.
Presidente já esperava piora na inflação
A alta já tinha sido adiantada pelo presidente Alberto Fernández, que nesta sexta-feira disse que os resultados de abril “não seriam aqueles que queremos”. A alta no mês de abril foi a maior registrada desde o início do atual governo, em 2019.
Os resultados da inflação de abril marcam cinco meses consecutivos de alta apesar dos programas de controle de preços dos produtos. Com a trajetória atual dos preços, a projeção é que a inflação da Argentina atinja 130% até o final do ano, segundo levantamento do jornal especializado em economia El Cronista.
Os setores que registraram maior inflação no mês foram o de vestuário e calçados (10,8%) devido às variações sazonais, seguido pelo setor de alimentação e bebidas não alcoólicas (10,1%) e restaurantes e hotéis (9,9%).
Argentina busca socorro do Brasil na Economia
A derrocada da economia na Argentina levou a uma das maiores inflações da América Latina e do mundo. O país presido por Alberto Fernández tem a terceira pior média de inflação no planeta, de 98%, de acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI). O país está atrás apenas de Venezuela e Zimbábue.
O aperto nas finanças levou o Fernández a buscar o auxílio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de Fernando Haddad, ministro da Fazenda. O mandatário argentino visitou seu homônimo brasileiro na segunda-feira e, como fruto da negociação, a Fazenda anunciou que pretende criar uma linha de crédito para empresas que exportam à Argentina.
A crise da Argentina também foi tratada por Fernando Haddad em sua ida ao Japão, onde atende ao encontro de ministros de Finanças do G-7 como convidado. Haddad afirmou que a solução da crise para a Argentina “passa pelo” auxílio do FMI.
Além disso, o ministro conversou com a secretária do Tesouro Americano, Jenet Yellen, sobre a crise argentina. Com a ida de Lula à reunião dos presidentes do G-7 marcada para a segunda quinzena de maio, o assunto deve voltar à tona para os líderes das sete maiores economias do mundo.
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