PF confirma abertura de inquérito sobre caso das joias de Michelle Bolsonaro
O ex-presidente e a ex-primeira-dama devem ser ouvidos na investigação
A Polícia Federal confirmou na noite de segunda-feira (6) que abriu inquérito para investigar a tentativa da comitiva do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro de entrar ilegalmente com joias milionárias no país.
Mais cedo, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, enviou um ofício à corporação apontando que o caso impõe a “atuação investigativa” da PF “a fim de que sejam adotadas as medidas investigativas legalmente cabíveis”. O documento foi encaminhado ao diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Passos.
Receba no seu e-mail a Calculadora de Aposentadoria 1-3-6-9® e descubra quanto você precisa juntar para se aposentar sem depender do INSS
Em nota, a PF informa que o caso vai ficar em São Paulo, na Delegacia de Repressão a Crimes Fazendários. “O inquérito encontra-se sob segredo de justiça e tem prazo inicial de trinta dias para conclusão, com possibilidade de prorrogação caso seja necessário”, informou a nota.
A PF deve ouvir o ex-presidente e a ex-primeira-dama Michelle no inquérito que vai investigar o caso.
Últimas em Política
Outros nomes envolvidos no caso, como o ex-ministro de Minas e Energia Bento Albuquerque e servidores da Receita Federal, também devem ser ouvidos.
Um dos possíveis crimes cometidos por membros do antigo governo é o descaminho (tentativa de omitir mercadoria das autoridades alfandegárias para não pagar imposto).
Outra suspeita é de abuso de autoridade, já que um ajudante de ordens do presidente foi enviado ao aeroporto para tentar a liberação.
Também nessa segunda-feira, o Ministério Público Federal (MPF) de São Paulo solicitou que a Receita encaminhe “todas as informações disponíveis” sobre o caso. O pedido foi feito durante uma reunião com representantes dos dois órgãos.
Segundo o MPF, na sexta-feira, a Receita apresentou denúncia sobre o caso “apenas com um relato simples”, após reportagem publicada pelo jornal “O Estado de S. Paulo”. O órgão, no entanto, sustentou ser necessário que o Fisco “forneça todas as informações de que dispõe para que o MPF possa analisar e decidir o encaminhamento do caso”.