Luiz Inácio Lula da Silva é eleito para terceiro mandato como presidente do Brasil

No primeiro discurso após anunciada a vitória, o petista ressaltou a união de várias correntes políticas em apoio à sua candidatura

A posse do presidente Lula ocorrerá em 1º de janeiro de 2023, após ser eleito com 50,90% dos votos válidos  - Foto: Divulgação/@ricardostuckert
A posse do presidente Lula ocorrerá em 1º de janeiro de 2023, após ser eleito com 50,90% dos votos válidos - Foto: Divulgação/@ricardostuckert

Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi eleito novamente neste domingo (30) presidente do Brasil, derrotando Jair Bolsonaro (PL), que está no cargo desde janeiro de 2019. É a primeira vez que o incumbente perde a reeleição desde a redemocratização do país.

Às 21h21, com 99,96% das urnas apuradas, Lula contava 60.322.870 votos, o correspondente a 50,83% dos válidos. Bolsonaro, com 58.196.065 (49,1% dos válidos), já não tinha chances matemáticas de vencer. O número de votos obtidos por Lula é o maior já conseguido por um candidato, mas a diferença para o perdedor é a mais estreita da história.

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Após cumprir dois mandados consecutivos entre 2003 e 2010, Lula ocupará, a partir de 2023, o lugar de 39º presidente. Com 77 anos, é o mais velho político a se tornar chefe do Executivo – Michel Temer (MDB) tinha 75 anos quando assumiu no lugar de Dilma Rousseff (PT), que sofreu um impeachment em 2016.

O ex-metalúrgico e ex-líder sindical ganhou o atual pleito apoiado em uma ampla frente política de oposição a Bolsonaro, um representante da extrema-direita que chega ao final do seu governo desaprovado por 62% da população, segundo a mais recente pesquisa Datafolha.

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A aliança de suporte a Lula foi encabeçada por Geraldo Alckmin (PSB), anunciado candidato a vice-presidente em abril, quatro meses depois de deixar o PSDB, partido que defendeu por 33 anos. Alckmin perdeu a eleição presidencial contra o petista em 2006.

A terceira colocada no primeiro turno deste ano, Simone Tebet (MDB), anunciou apoio à chapa em 5 de outubro, passados três dias do primeiro turno. Ciro Gomes (PDT) afirmou que seguiria a orientação de seu partido para votar no petista. Também anunciaram adesão à frente democrática Marina Silva (REDE), ex-ministra do Meio Ambiente dos primeiros mandatos de Lula que se tornou desafeta do PT, e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), além de empresários e intelectuais de centro e famosos economistas liberais.

O presidente eleito fez questão de salientar essa união em seu primeiro discurso após o anúncio oficial do resultado. “Não é uma vitória minha ou do PT, mas de um imenso movimento democrático, que se formou acima dos partidos políticos, dos interesses pessoais, das ideologias, para que a democracia saísse vencedora”, disse, cercado de aliados, em um palco montado em um hotel da região da avenida Paulista, em São Paulo capital.

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