Lula vai dividir Ministério da Economia em três: Fazenda, Planejamento, além de Indústria e Comércio
Em coletiva de imprensa, equipe da transição anunciou ainda que BNDES e Apex ficarão sob o guarda-chuva do Ministério da Indústria

Em entrevista coletiva nesta quarta-feira, o coordenador dos grupos técnicos da transição, Aloizio Mercadante, anunciou que o Ministério da Economia será dividido em três pastas no futuro governo. Os ministérios do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG); da Fazenda; e da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) serão recriados a partir de 1º de janeiro.
Segundo Mercadante, uma das ideias debatidas foi a transferência da área de planejamento para o MDIC, o que possibilitaria ao MPOG que cuide mais da gestão de pessoal, por exemplo.
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“Nós tínhamos Ministério da Fazenda; Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços; e Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Essas estruturas vão voltar a existir. O Brasil era muito mais eficiente e tinha políticas muito mais competentes com essa distribuição do que pegar e jogar tudo na economia”, argumentou Mercadante.
O coordenador dos grupos técnicos da transição informou ainda que “toda demanda intragoverno está no ministério do planejamento e orçamento”. Por isso, a estrtura desenhada é fundamental, segundo o novo governo, para aliviar o Ministério da Fazenda para cuidar da política fazendária, macroeconômica.
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Durante a coletiva, os integrantes da equipe de transição na área afirmaram que o Brasil passou por um processo de desindustrialização e que a recriação dessas estruturas é importante para focar no desenvolvimento da área. A mudança, segundo a transição, não vai gerar custos uma vez que as estruturas atuais serão remanejadas para atender à nova formatação.
Mercadante também afirmou que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES) e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) ficarão sob o guarda-chuva do novo MDIC.
Mercadante criticou a gestão do BNDES durante o governo Bolsonaro. Segundo ele, apenas 19% dos R$ 90 bilhões de crédito oferecido pelo banco vai para a Indústria – enquanto 25% fica com a Agricultura.
“Dizem que o mercado fica nervoso. Eu fico nervoso quando vejo o BNDES emprestar mais para a agricultura que para a indústria. Temos que fomentar o mercado privado, temos. Mas isso exige um complemento do financiamento publico com o BNDES, especialmente para a infraestrutura e indústria.”