Lula reconhece falta de apoio na base aliada: ‘Esquerda tem, no máximo, 136 votos’

Presidente reconhece falta de articulação do governo para aprovar projetos na Câmara após mês de derrotas em propostas favoráveis

Presidente durante discurso em Brasília. Foto: Joédson Alves/Agência Brasil
Presidente durante discurso em Brasília. Foto: Joédson Alves/Agência Brasil

Na esteira de derrotas na Câmara, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reconheceu nesta sexta-feira (2) a dificuldade do governo no Legislativo. Durante discurso na Universidade Federal do ABC (UFABC), em São Bernardo do Campo, na Grande SP, o presidente disse que a esquerda não tem votos suficientes até mesmo para aprovar projetos de lei ordinários.

“É importante vocês saberem a correlação de forças no Congresso Nacional. A esquerda toda tem, no máximo, 136 votos, isso se ninguém faltar. Para votar uma coisa simples, precisa de 257” afirmou o chefe do Executivo, acrescentando que para aprovar emendas constitucionais a necessidade de votos na Câmara é ainda maior.

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Diálogo com partidos fora da base aliada

A uma plateia formada em grande parte por apoiadores, Lula disse que governar demanda esforço e negociações com quem não apoia o governo. “Você ganha a eleição e depois precisa passar o tempo inteiro conversando para ver se você consegue aprovar uma coisa.”

Em relação à reestruturação dos ministérios, Lula frisou que foi necessário conversar com “quem a gente não gosta” porque o governo corria o risco de a organização da Esplanada, estabelecida em medida provisória, não ser aprovada. Apesar das dificuldades, ele assegurou que, aos 77 anos, está “muito mais otimista”.

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O mês de maio foi tortuoso ao governo Lula, que sofreu revés na votação do marco do saneamento na Câmara dos Deputados, com aprovação de alterações em trechos da MP editada pelo presidente e que regulam o setor. Além disso, o projeto de lei (PL) das Fake News não foi a plenário por falta de apoio da base.

Ao mesmo tempo, o governo aprovou com ampla folga o Arcabouço fiscal, uma das propostas mais importantes do governo. O texto recebeu a benção do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que não deu a mesma trégua para outros projetos do governo.

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