Semana política: Lula e Bolsonaro procuram apoio para vencer o segundo turno

Atual eleição é uma competição singular, com poucas propostas e muitos ataques, diz Fábio Zambeli, do JOTA

A primeira semana do segundo turno da campanha foi marcada pela busca de apoios e construção de novas alianças.

Bolsonaro conquistou e anunciou até agora 11 governadores ao seu lado, entre eles os dos três maiores colégios eleitorais do país, São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. O presidente terá as máquinas estaduais e um batalhão de prefeitos trabalhando pela sua candidatura, o que pode ter efeito político significativo para virar votos, que é o que ele precisa.

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Já Lula também conquistou apoios importantes. Simone Tebet e Ciro Gomes, que ficaram em terceiro e quarto lugares no primeiro turno, estarão com o ex-presidente, que só precisa de pouco mais de um ponto percentual para somar os 50% dos votos válidos.

O problema é que, diante da expectativa de uma abstenção maior, que é tradicional no segundo turno, a campanha do PT precisa ter uma “gordura” maior de votos e esse é o foco dos aliados do ex-presidente. No campo da estratégia, o governo federal está preparando novas medidas de impacto econômico, como a promessa de um décimo terceiro para mulheres que recebem o auxílio Brasil, além de novas parcelas de pagamento antecipado do benefício este mês, antes do dia 30, quando ocorre o segundo turno do pleito.

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E a campanha de Lula segue resistindo aos apelos para antecipar mais informações sobre seu programa econômico e detalhar as regras fiscais que pretende seguir, caso eleito. Ao receber uma nota de apoio de economistas liberais que participaram da elaboração do Plano Real, o ex-presidente disse que não vai falar de formação de equipe e de ministério antes da eleição.

Com o início da propaganda na TV, a campanha ganha mais tração e os candidatos começarão a se preparar para os dois debates, que terão um papel importante no segundo turno. É uma competição singular, com poucas propostas e muitos ataques: o menos rejeitado vencerá.

(Por Fábio Zambeli, analista-chefe do JOTA em São Paulo)
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