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Lula diz não concordar com PIB baixo e cobra otimismo em reunião ministerial
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou, durante abertura de reunião ministerial nesta segunda-feira (3), que não concorda com avaliações negativas que indicam baixo crescimento do PIB. O presidente cobrou otimismo e disse acreditar que o Congresso Nacional vai aprovar o arcabouço fiscal e a reforma tributária.
“Se você está numa corrida de cavalo dizendo que o seu cavalo é pangaré, que seu cavalo tá com gripe, que seu cavalo tá cansado, ninguém vai fazer nenhuma aposta nele”, afirmou.
Pouco antes, o presidente disse estar convencido de que o país vai dar um salto de qualidade. “Eu disse para o [Fernando] Haddad na semana passada que não concordo com as avaliações negativas de que o PIB vai crescer zero não sei das quantas, zero ponto um”, disse.
Nesta segunda-feira, o Boletim Focus mostrou estabilidade no cenário econômico. Para o PIB, a projeção de 2023 foi mantida em 0,9% enquanto a de 2024 aumentou de 1,4% para 1,48%.
‘Roda gigante da economia’
Lula disse ainda que é preciso aguardar a “roda gigante da economia começar a girar”.
“Vamos ver o que vai acontecer quando a economia micro, pequena e média começar a desenrolar nos rincões desse país. Vamos ver o que vai acontecer quando as pessoas começarem a produzir mais, comprar mais e vender mais”, afirmou.
Na sequência, Lula brincou dizendo que não iria falar ainda em “milagre do crescimento”. “Em 2005, fui motivo de chacota por parte da imprensa quando eu disse sobre o milagre do crescimento, quando a economia brasileira cresceu 5,8% e a imprensa especializada achava que não iria crescer”, afirmou.
O presidente destacou que espera que a economia cresça “mais do que os pessimistas estão prevendo”. “Vai acontecer mais coisas no Brasil do que as pessoas estão esperando que vai acontecer”, complementou.
Lula exalta Haddad em reunião ministerial
Lula brincou com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, dizendo que ele está com cara de felicidade porque vai passar no Congresso as propostas que serão encaminhadas. “Se olhar para o Haddad depois do marco regulatório que ele fez. Olha a cara dele de felicidade. Vai passar. Vai passar a tão sonhada nova política tributária nesse país”, finalizou.
No início do encontro, Lula declarou que, na próxima segunda-feira, após balanço dos cem dias de governo, os ministros vão apresentar um plano de trabalho que vai destravar obras no Brasil. “A gente vai ter que anunciar o que vamos fazer para frente. Os cem dias vão fazer parte do passado”, disse.
“Quando você decide fazer uma política pública, às vezes ela demora alguns dias para acontecer, mas já recuperamos quase todas as políticas sociais que existiam e foram desmontadas pelo governo anterior”, criticou. “E, agora, estão funcionando a todo vapor”, emendou.
O mandatário voltou a despachar no Palácio do Planalto depois de se recuperar de uma pneumonia. O presidente foi diagnosticado no dia 23 de março com pneumonia bacteriana e viral por influenza A há uma semana após retornar de viagem ao Rio de Janeiro. Em razão da doença, cancelou visita à China, que ocorreria entre os dias 26 e 31 de março. Após recuperação, o presidente anunciou a remarcação da viagem ao país asiático para o dia 11 de abril.
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