Macron: Como está sendo negociado atualmente, acordo entre Mercosul e UE é péssimo

Presidente francês defendeu que é possível reconstruí-lo, pensando o mundo contemporâneo, sobretudo as preocupações com a biodiversidade e o clima

Presidente da França, Emmanuel Macron participa do Fórum Brasil-França em São Paulo (SP) Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil
Presidente da França, Emmanuel Macron participa do Fórum Brasil-França em São Paulo (SP) Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

O presidente da França, Emmanuel Macron, frisou há pouco que como está atualmente o acordo entre o Mercosul e a União Europeia não pode ser defendido. “É um péssimo acordo porque foi negociado há 20 anos”, disse durante o Fórum Econômico Brasil-França, em São Paulo.

O presidente francês defendeu que é possível, no entanto, reconstruí-lo, pensando o mundo contemporâneo, sobretudo as preocupações com a biodiversidade e o clima. O projeto atual, salientou, não contempla essas demandas.

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Ele ponderou que o Brasil é um País onde há produção com baixo carbono e que o governo Lula está empenhado na luta contra o desmatamento, e defendeu que, junto à França, o Brasil pode ser uma potência para reconstruir acordos.

Mais cedo, no mesmo evento, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu a aprovação do acordo. Haddad comparou a assinatura ao processo da reforma tributária. “Se foi possível aprovar a reforma depois de 40 anos, porque não aprovar um acordo depois de 20?”, questionou.

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O ministro disse que foi perdida uma oportunidade no fim do ano passado, mas defendeu que Lula está investindo muito para a aprovação do pacto e que o objetivo é alcançar o equilíbrio de um acordo benéfico para as duas regiões. “Afinal, temos os mesmos valores e princípios que nos norteiam, ou deveriam nortear nossa política e nossa economia.”

Representantes da indústria também chegaram a defender o acordo. O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Josué Gomes, disse que ele seria muito benéfico para ambas as regiões, “especialmente para a França”.

Com informações do Estadão Conteúdo

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