Marina Silva bate-boca com deputados bolsonaristas em audiência na Câmara
Sessão foi marcada por trocas de acusações entre a ministra do Meio Ambiente e parlamentares da oposição
A participação da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, em uma audiência na Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados foi marcada por bate-bocas. Bem como dedos em riste e trocas de acusações com parlamentares da oposição.
Criticada e chamada de “incompetente”, a ministra chamou deputados bolsonaristas de “ambientalistas de conveniência”. Assim como os acusou de usar o tema ambiental para “lacrar” nas redes sociais.
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A discussão mais acalorada se deu entre Marina e a deputada Júlia Zanatta (PL-SC). Ao ser acusada de não estar respondendo aos questionamentos e de ouvir que deveria pedir demissão do cargo, Marina alfinetou a parlamentar bolsonarista, ao dizer que ela jamais se dedicou à pauta ambiental e que agora se mostra preocupada com as mudanças climáticas.
“Capacho é quem faz discurso de encomenda. Mesmo conhecendo a biografia de uma pessoa, faz discurso de encomenda, para fazer lacração. E vem aqui com fala manda fazer acusações inverídicas. Isso é ser capacho”, disse a ministra. “Quem não defende aparece agora como ambientalista de conveniência, que nunca fizeram nada”, completou.
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Marina Silva e as queimadas no Brasil
Com o alvoroço causado pela fala, Marina também discutiu com o presidente da comissão, o deputado bolsonarista Evair Vieira de Mello (PP-ES). A ministra o acusou de permitir falas desrespeitosas durante os trabalhos. “Vossa Excelência está com dificuldade de presidir”, disse Marina, posteriormente chamada de “ignorante” pelo deputado.
Antes, Marina também já havia discutido com os deputados Nikolas Ferreira (PL-MG) e Ricardo Salles (Novo-SP). Este último ministro do Meio Ambiente no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Maioria na comissão, os bolsonaristas acusaram Marina e o governo de inação nas queimadas que se espalharam pelo país. Eles cobraram uma retratação sobre as acusações contra o ex-presidente em incêndios passados.
Com informações do Valor Econômico