Marina Silva: Debate sobre Margem Equatorial não é contrassenso com agenda verde do Brasil

A ministra do Meio Ambiente voltou a responder sobre a exploração de petróleo na região

Marina Silva, ministra do Meio Ambiente, em entrevista. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
Marina Silva, ministra do Meio Ambiente, em entrevista. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, afirmou nesta segunda-feira (18) que a discussão no Brasil em torno da exploração de petróleo na chamada Margem Equatorial não é um contrassenso com a agenda ambiental do Brasil.

Internamente, essa não é uma decisão de sua pasta ou outra, de forma isolada e, no mundo, também não depende apenas de um país, conforme ela.

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“A decisão sobre se vai ou não explorar petróleo não é do Ministério do Meio Ambiente e nem isoladamente de nenhum ministério. É do Conselho Nacional de Política Energética. É ele que discute a oportunidade e conveniência de como será a matriz energética e a segurança energética do país”, disse Marina Silva, a jornalistas, ao chegar para evento da Bolsa de Nova York (Nyse), organizado pela Confederação Nacional das Indústrias (CNI) e pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

No domingo, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que está otimista quanto às chances de o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) sentar à mesa com a Petrobras no curto prazo para apresentar as condições ambientais para que a estatal inicie as pesquisas para a esperada campanha exploratória da Margem Equatorial, que abrange uma área do Amapá até o Rio Grande do Norte.

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O tema causou um racha no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva após o órgão negar um pedido de licença de exploração à petroleira. Marina Silva disse ainda que a decisão sobre a exploração de petróleo no mundo não é uma decisão isolada de um país.

“Prescindir dessa matriz energética é um esforço global em que o Brasil pode sim contribuir com a matriz energética limpa que tem, sobretudo produzindo hidrogênio verde, mas países como a China, por exemplo, como a Índia, a própria União Europeia no contexto agora da guerra na Ucrânia, não tem como prescindir ainda dessa fonte”, afirmou.

De acordo com ela, o esforço do governo brasileiro é para contribuir para acelerar para uma matriz energética global limpa.

“Todos estão se esforçando e o presidente Lula já decidiu que quer que a matriz energética brasileira seja 100% limpa, buscando as alternativas que temos em abundância de eólica, hídrica, solar, de biomassa e sermos, inclusive, a base para ajudar os países que não têm as mesmas vantagens comparativas que nós”, acrescentou.

Com informações do Estadão Conteúdo

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