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Minas e Energia: o que pode mudar no processo de privatização da Eletrobras?
A troca de comando no Ministério de Minas e Energia (MME) reforça a ala do governo disposta a elevar o tom com o Tribunal de Contas da União (TCU) na novela em torno da privatização da Eletrobras.
Nas últimas semanas, de forma discreta, apareceram divergências dentro do governo sobre a melhor forma de lidar com a resistência de parte da cúpula do TCU em aprovar a capitalização da empresa de energia com recursos privados.
Não que isso tenha pesado na exoneração de Bento Albuquerque do MME, mas sua substituição por Adolfo Sachsida pode ter reflexos no caso Eletrobras. Nas últimas semanas, de forma discreta e sem que tenham sido escancaradas, apareceram divergências internas no governo sobre a melhor forma de lidar com o assunto.
Enquanto a equipe econômica defende uma postura mais assertiva no relacionamento com o tribunal de contas, Albuquerque vinha reforçando a estratégia diplomática. No dia da sessão plenária em que o ministro Vital do Rêgo pediu vista do processo, ele mandou mensagens de WhatsApp à cúpula do órgão de controle – antes da reunião – destacando os pontos positivos da operação para o futuro do setor elétrico, mas enfatizando a importância da autonomia do TCU.
Essa estratégia tem sido classificada, nos bastidores, como “ingênua” por parte de setores do governo Jair Bolsonaro. Paulo Guedes, por exemplo, aproveitou uma cerimônia no Palácio do Planalto para insinuar publicamente que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva telefonou para ministros do TCU a fim de brecar a aprovação da modelagem.
Outra divergência surgiu, há duas semanas, por causa de uma nota oficial respondendo rumores – atribuídos pela imprensa ao órgão de controle – de que o governo preferia a capitalização da Eletrobras agora em maio porque o valor das ações ficaria mais baixo para investidores privados. A Economia queria soltar um comunicado em resposta, o MME foi contra.
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