Ministro diz que ampliar programa do carro mais barato foi brincadeira de Lula
Ministro Fernando Haddad já havia dito que não há margem para prorrogação do programa de subsídios
O ministro da Casa Civil, Rui Costa, disse nesta quinta-feira (15) que o governo Lula não tem planos de ampliar o programa emergencial para o setor automotivo.
Segundo ele, o pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), durante reunião ministerial, para que a medida fosse prorrogada, foi feito em tom de “brincadeira”.
Receba no seu e-mail a Calculadora de Aposentadoria 1-3-6-9® e descubra quanto você precisa juntar para se aposentar sem depender do INSS
Costa falou com a imprensa após o fim do encontro que durou cerca de nove horas e meia no Palácio do Planalto. “Não é plano do governo. É admirável a energia (do presidente). Ele fez uma brincadeira quando foi feito relato por Alckmin (Geraldo, vice-presidente da República) de que programa estava tendo sucesso, ele fez uma brincadeira, não está no planejamento do governo”, respondeu Costa ao ser questionado sobre a declaração de Lula.
Balanço divulgado ontem pelo Ministério de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Midc) mostrou que, do montante de R$ 1,5 bilhão de crédito disponibilizado, R$ 340 milhões já foram solicitados pelo setor.
Dessa parcela, R$ 150 milhões servirão para os bônus aplicados aos carros, que têm um subsídio total de R$ 500 milhões. A medida está em vigor há menos de duas semanas.
Haddad diz que não há margem
Nesta quarta-feira (14) ao ser questionado, Haddad disse que não haveria margem para ampliar os créditos para montadoras de veículos leves, que já pedem mais recursos, além dos R$ 500 milhões reservados para automóveis.
O ministro da Casa Civil avaliou ainda que o “sucesso” do programa mostra que, se o governo der condições de crédito a população e baixar os custos financeiros, o consumo e a Indústria no País vão voltar.
“Com pequeno estímulo que governo deu, resultado já foi expressivo”, disse Costa.
O ministro ainda destacou o relato dos presidentes de bancos públicos que participaram da reunião, como o Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, que, segundo Costa, estudam formas de viabilizar crédito mais barato para atender a parcela mais pobre, além do Banco do Nordeste, que quer aumentar o microcrédito para irrigar a economia, disse o ministro, citando o presidente do BNB, Paulo Câmara.