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Ministro de Minas e Energia não prevê reestatização da Eletrobras (ELET3;ELET6)
Questionado sobre os movimentos do governo federal para tentar retomar controle como acionista majoritário da recém-privatizada Eletrobras (ELET3;ELET6), o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que não se prevê a reestatização da Eletrobras. Ele falou durante um seminário em São Paulo nesta segunda-feira (15).
“O ajuizamento de uma ação por parte do governo para questionar os direitos políticos da União, ou a participação proporcional da União no conselho da Eletrobras, não é [postura] contraditória. […] É público que o presidente da República é crítico à privatização de empresas estratégicas e há coerência na postura [do governo]”, disse Silveira. Mas, mesmo assim, ele não espera a reestatização da companhia em um primeiro momento.
Lula pediu estudo, mas reestatização da Eletrobras foi descartada
Ele reiterou que havia um pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para que fosse feito estudo a respeito de uma possível reestatização da companhia. “Mas, depois de muito debate, chegou-se à conclusão de que, num primeiro momento, era mais adequado estabelecer direitos políticos da União”, disse o ministro. Lula já chamou a privatização da Eletrobras de “bandidagem”.
Silveira reiterou que o governo tem 43% das ações, e o modelo atual da empresa possibilita ao governo ter um candidato “numa chapa inscrita para poder ter no máximo um representante no conselho”, ou até nenhum. “O que o governo questiona é uma proporcionalidade de participação.”
Movimento ‘assusta o investidor’ de Eletrobras (ELET6;ELET3)
Adriano Pires, diretor do Diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), disse, contudo, que o movimento por parte do governo de buscar ganhar mais poder na administração da companhia acaba “assustando o investidor”, que aportou recursos na companhia pensando em administração privada.
Também durante o seminário na capital paulista, Silveira disse que, antes de pensar em aproveitar oportunidades de investimentos no setor elétrico, o país precisa “resolver problemas mais imediatos” para que “possa dar passos adiante”.
“Tenho recebido no meu gabinete o mundo inteiro. Hoje de manhã olhei a agenda e vi lá 59 pedidos de embaixadores para poder falar em especial sobre esse tema [de transição energética]. […] E não podemos perder oportunidades”, disse, voltando a assinalar “problemas imediatos” a serem resolvidos.
Entre os problemas de caráter mais imediatos a serem resolvidos, o ministro destaco a assimetria de preços e a escassez hídrica.
No setor de energia, ele frisou as distribuidoras. “Foram todas praticamente concedidas, menos a Celesc, em Santa Catarina, a Copel no Paraná e a Cemig, em Minas”, lembrou. As outras foram concedidas e “vistas como patinho feio do setor energético”.
As distribuidoras contudo são o setor “mais caro” ao governo federal, já que aquele tem que a relação direta com o produtivo e os consumidores de uma forma geral.
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