Popularidade de Lula cai com repercussão negativa de taxação de compras de varejistas chinesas
Pesquisa Genial/Quaest mostra uma piora na avaliação positiva do governo
A avaliação positiva do governo Luiz Inácio Lula da Silva diminuiu em abril, para 36%, de 40% em fevereiro, conforme levantamento Quaest para a Genial Investimentos. Por outro lado, a avaliação negativa subiu de 20% para 29% e a regular, de 24% para 29%.
Essa piora na avaliação positiva, segundo a pesquisa, se deu principalmente pelas notícias de que o governo federal pretendia taxar as compras, por brasileiros, de produtos de varejistas chinesas, como Shein e Shopee, com valor até US$ 50.
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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou na terça-feira que a cobrança não será efetuada a pedido de Lula.
Para 16% dos entrevistados, essa foi a notícia mais negativa que ouviu do governo Lula, seguida, com 7%, de não faz o que promete/é corrupto, e de 4% das respostas citando a retirada do Bolsa Família.
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O mal-estar com o senador Sergio Moro também foi uma notícia negativa citada por 2% dos entrevistados. O presidente Lula declarou que a operação da Polícia Federal para desbaratar ação para matar o ex-juiz da Lava-Jato e sua família era uma armação de Moro.
Segundo o levantamento da Genial/Quaest, a maior queda na avaliação positiva de Lula foi registrada no Nordeste, onde esse índice passou de 62% em fevereiro para 53% em abril, enquanto a avaliação negativa subiu de 10% para 18%.
No Sudeste, a avaliação positiva passou de 34% para 30%, no Sul, de 34% para 27%. No Centro-Oeste/Norte, houve leve melhora, de 32% para 33%.
Por sexo, 38% das mulheres avaliaram o governo Lula como positivo em abril, ante 44% em fevereiro, enquanto os homens registraram agora 33%, de 37%. Do lado oposto, a avaliação negativa subiu de 18% para 27% entre as mulheres e de 22% para 30% entre os homens.
Por renda, 43% dos que ganham até dois salários avaliaram o governo como positivo, de 47% na pesquisa anterior, e entre aqueles que ganham mais de cinco salários mínimos, o índice positivo foi de 28%, ante 35% em fevereiro. Entre essas duas faixas (2 a 5 salários), o índice de avaliação positiva foi de 33% ante 38%.
A pesquisa mostrou também que diminuiu a aprovação sobre a forma como Lula se comporta como presidente, com 53%, de 65% em fevereiro. Além disso, apenas 35% dos entrevistados acham que o presidente tem conseguido fazer o que prometeu, ante 55% que acham que não tem conseguido.
Para 31% das pessoas ouvidas, o principal problema atual é a economia, percentual que era de 29% em fevereiro, seguido por questões sociais (22%, ante 29% em fevereiro). Para 39%, a economia nos últimos 12 meses ficou do mesmo jeito (37% em fevereiro), enquanto o percentual dos que acharam que melhorou caiu de 30% para 23% e dos que piorou subiu de 30% para 34%.
A pesquisa foi feita de 13 a 16 de abril, com 2.015 entrevistados com mais de 16 anos e tem índice de confiança de 95%.