Propaganda de Lula que associa Bolsonaro ao canibalismo continuará proibida, decide TSE
Propaganda retira trecho de entrevista em que Bolsonaro afirma que teve vontade de comer carne humana
O plenário do TSE decidiu da manhã desta quinta-feira (13) em sessão plenária que a propaganda da campanha de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que associa o presidente Jair Bolsonaro ao canibalismo continuará proibida de ir ao ar, mantendo um parecer anterior da corte eleitoral.
A publicidade exibe um trecho de uma entrevista dada pelo chefe do Executivo em 2016 ao jornal americano The New York Times. Nele, o presidente diz que comeria a carne de um indígena “sem problema nenhum” em um ritual da aldeia.
A entrevista completa está nas redes sociais do presidente e em seu canal de YouTube. Na época em que foi dada, Bolsonaro era deputado federal.
Ao jornalista americano, Bolsonaro conta sobre uma visita que fez a uma aldeia indígena onde um dos habitantes havia morrido e estava sendo cozido. “É para comer. Cozinha por dois, três dias, e come com banana. Eu queria ver o índio sendo cozinhado. Aí o cara: ‘Se for, tem que comer’. Eu como! Aí, a comitiva, ninguém quis ir”, disse o presidente ao jornalista.
A propaganda do PT resgata este trecho da entrevista e diz: “É monstruoso. Bolsonaro revela que comeria carne humana.”
Para o TSE, a propaganda do Partido dos Trabalhadores descontextualizou a entrevista para prejudicar Bolsonaro. “Foi descontextualizado na propaganda para desqualificar o candidato”, disse o ministro da Justiça Eleitoral, Paulo de Tarso Sanseverino.
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