Russos lotam voos para fora do país após anúncio de convocação de reservistas
A polícia também prendeu mais de 500 manifestantes anti-guerra
Jovens russos corriam nesta quarta-feira para comprar passagens para fora do país, depois de o presidente Vladimir Putin ter anunciado uma mobilização parcial de reservistas para a guerra na Ucrânia, informou a “Associated Press”.
Os voos lotaram rapidamente e os preços das passagens para as conexões internacionais dispararam, aparentemente impulsionados por temores de que as fronteiras da Rússia pudessem fechar em breve ou de que uma convocação mais ampla pudesse enviar muitos russos em idade de combate para as linhas de frente da guerra.
Receba no seu e-mail a Calculadora de Aposentadoria 1-3-6-9® e descubra quanto você precisa juntar para se aposentar sem depender do INSS
As passagens Moscou-Belgrado de voos operados pela Air Servia, a única transportadora europeia além da Turkish Airlines a manter voos para a Rússia, apesar do embargo de voos da União Europeia, esgotaram nos próximos dias.
O decreto de Putin estipula que a quantidade de pessoas convocadas para a ativa será determinada pelo Ministério da Defesa. O ministro da Defesa, Sergei Shoigu, disse em uma entrevista que 300 mil reservistas com experiência relevante em combate e serviço seriam inicialmente mobilizados.
Últimas em Política
Fontes independentes russas chegaram informar que Moscou proibiria a saída do país de homens em idade militar, a notícia não foi imediatamente confirmada.
Polícia prende manifestantes anti-guerra
A polícia da Rússia prendeu mais de 500 pessoas em toda a Rússia devido a protestos contra a decisão do presidente Vladimir Putin de mobilizar os reservistas do exército para aumentar o poderio ofensivo das forças armadas do país, segundo o “OVD-Info”, um site russo independente.
A Rússia estima que podem convocar até 300 mil reservistas.
O “OVD-Info” disse que 525 pessoas foram presas nesta quarta-feira, com quase metade delas vindo de Moscou.
Algumas centenas de pessoas se reuniram na rua Arbat da capital russa, onde protestaram contra o conflito e a convocação dos reservistas e gritaram “não à guerra”.
Em São Petersburgo, onde 96 pessoas foram presas, a polícia usou cassetetes para bater nos manifestantes, disse a “OVD-Info”.