Salário mínimo ‘vai ser pago normalmente’, diz Haddad

Aumento do salário mínimo teria impacto acima do esperado pela equipe econômica do PT; culpa seria por 'represamento' na Previdência

Fernando Haddad se encontrou nesta quinta-feira com Campos Neto e Tebet em reunião do Conselho Monetário Nacional. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Fernando Haddad se encontrou nesta quinta-feira com Campos Neto e Tebet em reunião do Conselho Monetário Nacional. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse hoje que o salário mínimo “vai ser pago normalmente” após questionado sobre a pendência de atualização do valor. A atualização do mínimo depende da assinatura de uma Medida Provisória do governo. O orçamento aprovado pelo Congresso para 2023 prevê a elevação do patamar atual de R$ 1.302 para R$ 1.320.

Ao chegar no Ministério da Fazenda, Haddad falou à imprensa e não deu mais detalhes sobre o tema. Ainda não está claro, por exemplo, se os trabalhadores que recebem por hora ou por dia terão direito a receber a diferença de forma retroativa.

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Em dezembro do ano passado, o então presidente Jair Bolsonaro assinou MP reajustando o valor de R$ 1.212 para R$ 1.302 a partir de 1º de janeiro de 2023. O novo governo negociou com o relator do orçamento, senador Marcelo Castro (MDB-PI), a elevação para R$ 1.320. Ele incluiu esta previsão no orçamento aprovado pelo Congresso. Enquanto não houver a publicação de uma MP oficializando o reajuste, porém, o valor em vigor seguirá em R$ 1.302.

Aumento do salário mínimo pode custar de R$ 7,7 bilhões, diz jornal

Hoje, reportagem do jornal “Folha de S.Paulo” mostrou que a elevação do salário mínimo de R$ 1.302 para R$ 1.320 pode ter um impacto fiscal de R$ 7,7 bilhões acima do previsto, segundo cálculos da equipe econômica.

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Ao dar entrevista nesta tarde após a primeira reunião ministerial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com os 37 integrantes da Esplanada, o ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT-BA) disse que seu colega, Luiz Marinho (PT-SP) daria uma coletiva detalhando o impacto do aumento do salário mínimo no Orçamento.

Rui Costa alega que o governo Bolsonaro represou cadastros na Previdência antes do segundo turno das eleições e que, após perder, autorizou milhares de aposentados a darem entrada no benefício — isso explicaria o gasto acima do previsto.

“Depois da eleição foi liberado um contingente grande”, afirmou o ministro. Para ele, isso demonstra que o represamento “não era dificuldade administrativa, era estratégia financeira”. “Se fosse dificuldade, não haveria como liberar volume gigantesco”,

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