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Simone Tebet anuncia que equipe de Lula incorporou propostas de seu plano de governo
As condições de Simone Tebet para subir no palanque eleitoral do candidato do PT à presidência, Luiz Inácio Lula da Silva, foram acatadas pela equipe econômica do petista. Na quarta-feira, a senadora do MDB declarou voto em Lula, mas disse que seu apoio “não seria por adesão”.
Nesta sexta-feira (7), a emedebista confirmou que todas as propostas feitas ao programa de governo do petista que têm origem no seu próprio plano de governo foram incorporadas.
Dentre as medidas acatadas pela equipe de Lula, cinco delas foram destacadas por Tebet:
- Um programa de poupança de R$ 5 mil que premia alunos que completarem o Ensino Fundamental como uma forma de prêmio
- Zerar o endividamento de famílias que recebam até três salários mínimos
- Paridade salarial entre mulheres e homens que tenham currículos semelhantes e desempenhem as mesmas funções
- Zerar filas de cirurgias, consultas e exames no SUS não realizados durante a pandemia em hospitais
- Compor ministérios mais plurais, com base na diversidade de pessoas negras e mulheres
Tebet declarou que todas as medidas “são tomadas considerando a responsabilidade fiscal que o momento exige”. Ao cumprir com as exigências, a senadora declarou que prestará até o final da campanha “seu total apoio”.
“Portanto, fica aqui o compromisso, não apenas do meu voto, mas do meu total apoio à sua campanha e ao seu governo. Vamos juntos até o dia 30 de outubro andar as ruas e praças do Brasil, para mostrar que o Brasil que nós queremos só pode ser construído pelas mãos do presidente Lula e de Geraldo Alckmin”, Tebet finalizou no discurso.
A senadora do MDB disse na quarta-feira que, por enquanto, não pleiteia cargos em ministérios de Lula. “Em nenhum momento foi apresentado o pleito por cargos e sequer aceitaria essa discussão. Não quero cargos, ministérios, mas quero o Brasil que seja para todos”, disse a emedebista.
Nesta tarde, a economista coordenadora do plano de governo de Tebet, Elena Landau, declarou voto no ex-presidente contra Bolsonaro no segundo turno.
Lula diz que BNDES vai investir em obras e nas MPMEs
No evento, Lula ligou o aumento da fome no Brasil à falta de uma “mentalidade de distribuição de renda” no país. “Lembro que nós provamos que era possível crescer o mercado interno e ao mesmo tempo o mercado externo. Lembro que provamos que era possível aumentar o salário mínimo sem fazer crescer a inflação”, disse o ex-presidente.
Lula também deu detalhes sobre o papel do financiamento de bancos públicos para micro e pequenas empresas em seu eventual terceiro mandato. “Tratando-se de compartilhamento, vamos ter que fazer uma pequena evolução na economia brasileira, fazendo com que as micro, pequenas e médias empresas tenham destaque para o financiamento de bancos públicos”, afirmou o ex-presidente.
Lula falou sobre o protagonismo do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social) nesta frente. “O BNDES, que já financiou quase todas as obras deste país, vai continuar financiando, mas agora a gente vai privilegiar pequenos e médios empreendedores”, concluiu. Para o ex-presidente, a postura do banco pode destravar a “criatividade da sociedade brasileira”.
Lula ainda defendeu que a aliança com Tebet pode ajudar a “quebrar” o chamado orçamento secreto, que funciona a partir de emendas de relator e ajudou na coalisão política entre o governo Bolsonaro e o centrão no Congresso.
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