Tarciana Medeiros, do BB (BBAS3): ‘Não há nenhuma pressão e direcionamento do governo Lula’

Presidente diz que banco não vai atuar 'com linhas de negócios que não tragam resultados adequados'

Lula cumprimenta Tarciana Medeiros na posse dela como presidente do Banco do Brasil (BBAS3).  Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil
Lula cumprimenta Tarciana Medeiros na posse dela como presidente do Banco do Brasil (BBAS3). Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

A presidente do Banco do Brasil (BBAS3), Tarciana Medeiros, afirmou nesta terça-feira (16) que “não há nenhuma pressão e direcionamento” do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para que o banco “atue com linhas de negócios que não tragam resultados adequados”.

Em conferência ao mercado referente ao primeiro trimestre deste ano, Tarciana foi questionada sobre a governança do banco e eventuais pressões para que a instituição financeira perda rentabilidade.

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Na segunda-feira (15), ao divulgar os resultados dos primeiros três meses da gestão de Tarciana Medeiros, o BB informou que registrou lucro líquido ajustado de R$ 8,550 bilhões no primeiro trimestre, o que representa queda de 5,4% frente ao quarto trimestre e alta de 28,9% em relação a igual período de 2022.

“Não vemos espaço para atuar com política de crédito sem amparo técnico, que vai de encontro à política de crédito do Banco do Brasil”, comentou.

“Estamos muito seguros na autonomia em gerir o BB e vamos levar adiante, desenvolvendo negócios e concedendo crédito, levando em consideração a estrutura de governança na tomada de decisão, com produtos que tragam retorno adequado”, considerou.

Em relação à governança do banco, a presidente ressaltou que o BB tem “uma estrutura forte, com decisões que são tomadas de forma colegiada”.

‘Tom conservador’

O CFO do Banco do Brasil, Geovanne Tobias, afirmou que a instituição financeira ainda tem adotado um tom conservador e não considera, neste momento, revisar suas projeções (guidance) para este ano, apesar dos resultados confortáveis do primeiro trimestre deste ano.

“Gostamos de ser conservadores. Temos o conhecimento e sabemos de como o ambiente ainda exige cautela e prudência”, disse o CFO do BB em teleconferência ao mercado. “Somos um banco e temos responsabilidade no capital”, afirmou.

Ele também disse que o BB ainda precisa “ampliar esforços para aumentar recuperação de crédito”. “Daí o fato de a gente não fazer ajustes [no guidance]. Não teremos problemas em ajustar, mas está cedo para alterar as projeções”, disse Tobias.

O CFO do BB também disse que o banco já está avaliando impactos na margem financeira a partir o segundo semestre, quando o Banco Central começar a reduzir a taxa de juros.

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