Impacto do tarifaço de Trump para o Brasil: País sai em vantagem comparativa?

Brasil recebe tarifa de importação de 10% dos EUA, menor que a aplicada a outros países, gerando alívio no governo.

O Itamaraty ainda analisa os impactos do tarifaço anunciado na tarde desta quarta-feira pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Entretanto, uma avaliação preliminar é a de que o anúncio deixou o Brasil em uma posição relativamente boa, com a tarifa linear de 10% para seus produtos exportados para o mercado americano.

A alíquota é a mais baixa entre as taxas impostas aos diversos países, em comparação aos 20% para a União Europeia, 24% para o Japão, 25% para a Coreia do Sul, 32% para a Indonésia e 34% para a China.

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Também chegou-se à constatação de que o Brasil foi colocado por Trump em um grupo de nações, como o Reino Unido, a Austrália e Cingapura, com os quais os Estados Unidos têm históricos e expressivos superávits comerciais. O Chile, a Colômbia e a Turquia foram “agraciados” com a tarifa de 10%.

De acordo com uma das fontes ouvidas pelo Valor, os produtos do Brasil e desses países entrarão no mercado americano com maior vantagem comparativa tarifária em relação ao resto do mundo. A sensação inicial é, portanto, de alívio.

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Nesta quarta-feira, o chanceler Mauro Vieira e o representante de Comércio (USTR) dos Estados Unidos, Jamieson Greer conversaram por telefone, horas antes do anúncio do tarifaço prometido pelo presidente Donald Trump. Foi o último contato de alto nível entre os dois países antes do anúncio do “tarifaço” de Trump.

Segundo interlocutores, o tom da conversa “foi positivo”. Nela, o ministro insistiu no argumento que já vinha sendo usado pelo embaixador Maurício Lyrio, secretário de Assuntos Econômicos e Financeiros do Itamaraty, de que EUA vêm mantendo um superávit comercial consistente com o Brasil, tanto em bens quanto em serviços.

Em outra frente, os negociadores brasileiros vinham tentando restaurar as quotas de importação de aço livres de tarifas, alegando que é um produto semiacabado utilizado na própria indústria siderúrgica americana.

Ainda não está claro para o governo brasileiro se a tarifa de 10% anunciada por Trump se acumulará com a sobretaxa de 25% imposta ao aço brasileiro pelo presidente americano.

Com informações do Valor Econômico

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