Tebet: veto provisório do governo para emendas pode ser alterado em fevereiro

Segundo a ministra Simone Tebet, o governo terá mais clareza desses números na apresentação do primeiro relatório bimestral de avaliação de receitas e despesas

Simone Tebet, ministra do Planejamento Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
Simone Tebet, ministra do Planejamento Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

A ministra do Planejamento, Simone Tebet, disse nesta quinta-feira (25) que o veto de R$ 5,6 bilhões em emendas de comissão é provisório e que pode ser revisto, mas a pasta não tem uma resposta de como serão recompostos.

“Nós tivemos de fazer vetos e os vetos não são simples. Eu não posso pegar uma parte da ação ou uma parte da programação e cortar. Ou eu corto a programação inteira, ou eu não posso cortar. Como eu não sei os acordos do Congresso Nacional que foram feitos, aquilo que eles realmente fazem questão, aquilo que é da parte do Congresso, nós fizemos provisoriamente um primeiro veto nas ações, nas linhas de programação, e podemos, lá para fevereiro, fazer qualquer alteração, como sempre fizemos no momento certo”, disse a ministra.

Receba no seu e-mail a Calculadora de Aposentadoria 1-3-6-9® e descubra quanto você precisa juntar para se aposentar sem depender do INSS

Com a inscrição você concorda com os Termos de Uso e Política de Privacidade e passa a receber nossas newsletters gratuitamente

Segundo Tebet, o governo terá mais clareza desses números na apresentação do primeiro relatório bimestral de avaliação de receitas e despesas, mas isso não significa que o governo não possa enviar uma proposta ao Congresso antes desse prazo para redistribuir os vetos.

Ainda assim, o governo terá uma sinalização mais clara das expectativas de receitas só após o carnaval. Uma das razões para o governo ter de enxugar o Orçamento foi a apuração da inflação – o IPCA de 2023 fechou em um nível inferior ao usado para estimar as despesas no Orçamento.

Últimas em Política

“Nós preferimos arrecadar menos do que ter um processo inflacionário no Brasil e perder controle. Então quanto menor for a inflação, não tem problema a arrecadação cair. A gente corta de algum lugar. Então nós tivemos R$ 4,4 bilhões a menos. Agora nós temos de ver as ações, medidas provisórias e os projetos de lei que nós apresentamos e o Congresso aprovou no final do ano, o que significa isso em receita real”, explicou.

Essas falas ocorreram durante o lançamento do relatório da Agenda Transversal Ambiental do Plano Plurianual 2024-2027, realizado na sede do Banco do Brasil, em Brasília. O documento foi elaborado pelo MPO com apoio do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

A chefe do Planejamento afirmou que este ano é o momento de projetar o Brasil para o futuro, seja para este ou para um eventual quarto mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Temos de olhar para os países vizinhos”, afirmou, pontuando que o acordo Rota de Integração, que envolve o Mercosul, já foi aprovado por Lula.

Tebet também mencionou que é preciso avaliar o que ocorrerá com a MP da reoneração parcial – que tipo de acordo será feito e para quando a proposta valerá, para estimar o impacto no orçamento.

Contingenciamento

O mês de março é crucial para o governo porque o relatório bimestral também vai apresentar o tamanho do contingenciamento que o governo terá de fazer em 2024 para a perseguição da meta fiscal neutra. A ministra destacou que, por ora, a pasta ainda não sabe quanto e se será necessário fazer algum contingenciamento, mas defendeu as agendas transversais do governo, que ampliam as verbas de setores.

A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, também presente ao evento, pontuou que a agenda transversal foi uma maneira de ampliar o orçamento da área ambiental de forma inteligente.

Mais cedo, Marina destacou que desde 2003 defendia que o meio ambiente se tornasse uma política transversal no orçamento público. “Em 2003 quando começou o governo, colocamos como uma das diretrizes a política ambiental ser transversal, e não setorial, e que ela só funcionaria quando se transformasse em política transversal”, lembrou a ministra.

Otimismo

Na mesma ocasião, Simone afirmou que primeiro ano do governo Lula 3 não foi fácil, mas que está extremamente otimista em relação a 2024.

“É importante nos reposicionarmos em alguns pontos”, afirmou, pontuando que o governo tem feito muita coisa que ainda precisa ser divulgada. “Esse é um momento de celebração, não dá para falar que fizemos pouco, fizemos muito”, comemorou.

Tebet reiterou que não foi fácil restabelecer cultura de planejamento no Brasil, e criticou o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, mencionando a demora da “vacina no braço” durante a pandemia, além do aumento da prática de garimpo no País.

“Imagine pegar um País sem planejamento, que não tinha sequer um ministério, trocar pneu com o carro andando. Essa foi a realidade do Ministério do Planejamento e do Meio Ambiente”, pontuou, acrescentando que, em sua visão, o governo Lula conseguiu reconstruir pontes que haviam sido queimadas pela gestão anterior.

Também presente ao evento, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, destacou que, desde 2003, defendia que o meio ambiente se tornasse uma política transversal no orçamento público.

“Em 2003 quando começou o governo Lula, no primeiro mandato, colocamos como uma das diretrizes que a política ambiental fosse transversal, e não setorial, e que ela só funcionaria quando se transformasse em política transversal”, lembrou a ministra, reiterando que a ideia saiu do papel durante evento de lançamento do Relatório da Agenda Transversal Ambiental do Plano Plurianual 2024-2027.

Com informações do Estadão Conteúdo

A Inteligência Financeira é um canal jornalístico e este conteúdo não deve ser interpretado como uma recomendação de compra ou venda de investimentos. Antes de investir, verifique seu perfil de investidor, seus objetivos e mantenha-se sempre bem informado.

Mais em Governo federal


Últimas notícias

VER MAIS NOTÍCIAS