Terroristas destroem relógio que foi dado de presente para a família real pela corte de Luís XIV

Peça passou por restauração em 2012 e ficava exposta no terceiro andar do Palácio do Planalto

Relógio raro foi destruído por terroristas que invadiram o Palácio do Planalto. Foto: Reprodução/O Globo
Relógio raro foi destruído por terroristas que invadiram o Palácio do Planalto. Foto: Reprodução/O Globo

Terroristas que invadiram o Palácio do Planalto neste domingo destruíram um relógio do século XVIII que veio para o Brasil com a família real portuguesa. A peça ficava no terceiro andar, onde está localizado o gabinete do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O relógio foi fabricado pelo relojoeiro francês Balthazar Martinot – há uma assinatura dele gravada na máquina – com design de André-Charles Boulle. Ambos atendiam a corte de Luís XIV, na França, apelidado de “o Grande” e “Rei Sol”. A peça teria sido fabricada no fim do século XVIII e vindo para o Brasil com D. João VI, em 1808.

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“Acabei de chegar no Palácio do Planalto para receber o presidente Lula, o cenário é de caos! Obras de arte históricas foram destruídas, entre elas uma pintura de Di Cavalcanti e um relógio do Século XIX que foi dado de presente para D. João VI”, publicou o senador Randolfe Rodrigues, no Twitter.

Considerado raro, o relógio ficou desfigurado depois da passagem de centenas de golpistas pelo Palácio do Planalto. Os ponteiros e números foram arrancados. E uma estátua de Netuno que ornamentava o topo da peça foi arrancada.

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Em 2012, o relógio havia passado por uma restauração depois de ter sido resgatada de um depósito do governo federal. Quando a peça foi encontrada, havia uma fenda na parte superior e faltava a estátua de Netuno.

Naquela altura, uma licitação foi realizada para contratar um especialista e fazer a peça voltar a funcionar.

Na época da restauração, o jornal “Valor Econômico” publicou uma reportagem sobre o relógio. Na época, a Direção de Documentação Histórica da Presidência investigava se a peça fora dada de presente para d. Pedro I ou d. Pedro II, ou um presente do Conde d’Eu para a Princesa Isabel.

Por Alfredo Mergulhão

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