The Economist: “Outro mandato de Bolsonaro seria ruim para o Brasil e o mundo”
A fim de vencer a resistência a seu nome, Lula deve se colocar mais ao centro do espectro político, para a revista
A revista britânica “The Economist”, Bíblia do liberalismo mundial desde 1843, publicou em seu site, na tarde desta terça-feira (4), um editorial defendendo que “um segundo mandato para o presidente Jair Bolsonaro (PL) seria ruim para o Brasil e o mundo”, e que “somente Luiz Inácio Lula da Silva pode evitar” a reeleição.
A “The Economist” listou os motivos pelos quais o atual presidente deve ser apeado do poder:
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- É um populista ao estilo de Donald Trump, mente tanto quanto repira e vê conspirações em todo lugar
- Não faz esforço para deter a destruição da Amazônia
- A maneira como lidou com a pandemia de Covid-19 foi trágica
- Seu círculo de família e amigos é próximo do crime organizado
- Ameaça as instituições, do Supremo Tribunal Federal à própria democracia
- Diz que o único jeito de perder a eleição é se houver fraude, e que não aceitará resultado diferente da vitória
- Abertamente incita a violência
- Convenceu muitos brasileiros de mentiras como a de que Lula vai fechar igrejas
- Estimulou seus apoiadores a desconfiar do sistema de votação eletrônica e da imprensa
Lula enfrenta a resistência de alguns setores da sociedade devido a temores compreensíveis, na opinião da revista. Para vencer, o ex-presidente precisa se aproximar mais do centro. Deve pedir desculpas pela corrupção descoberta pela Operação Lava-Jato, se comprometer com a nomeação de um Procurador Geral da República da lista tríplice fruto de votação do Ministério Público, indicar um economista moderado como ministro da Economia, garantir aos produtores agropecuários que não haverá tolerância a movimentos sociais que invadam suas terras, prometer não nacionalizar empresas e parar de flertar com a ideia de controlar a imprensa brasileira.
Com essas mudanças, Lula poderia atrair o apoio de outros partidos que ficaram fora da corrida presidencial, o que facilitaria um eventual governo seu.
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