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Urna eletrônica é ‘um dos pontos fortes’ do sistema eleitoral no Brasil, diz observador internacional
O chefe da Missão de Observação da União Interamericana dos Órgãos Eleitorais (Uniore), Lorenzo Córdova, afirmou nesta segunda-feira (3) que a urna eletrônica é “um dos pontos fortes” do sistema eleitoral brasileiro.
A Uniore é uma organização composta por 30 organismos eleitorais de 23 países do continente americano. Em agosto, a entidade assinou um acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para realizar uma Missão de Observação Eleitoral (MOE) nas Eleições Gerais 2022, que deve retornar para acompanhar a apuração do segundo turno das eleições presidenciais, em 30 de outubro.
“A missão pode concluir e destacar com satisfação que um dos pontos fortes que nós observamos no sistema eleitoral brasileiro é precisamente o uso da urna eletrônica”, disse Lorenzo Córdova em entrevista coletiva após o grupo observar o primeiro turno da votação.
O chefe da missão disse ainda que as urnas deixaram de ser um “objeto de discussão política” e que isso é uma “grande notícia.
“A confiança que os cidadãos depositaram nas urnas eletrônicas, que deixaram de ser um objeto de discussão política, é uma grande notícia a nosso ver”, afirmou.
Córdova disse que, até o momento, a missão já realizou três etapas:
- A primeira missão ocorreu em agosto deste ano e consistiu em conversas com autoridades eleitorais, analistas políticos, organizações civis, legisladores, representantes de partidos, a polícia federal e meios de comunicação. Córdova informou que essa missão teve êxito.
- A segunda missão foi mais técnica e se deu em setembro. Na ocasião, especialistas em informática de órgãos eleitorais que se dedicaram a conhecer de forma mais profunda o sistema eleitoral e realizar diversos testes de funcionalidade na urna eletrônica.
- A terceira missão foi realizada no dia da eleição e, segundo a Uniore, envolveu cerca de 40 representantes de entidades eleitorais filiadas à associação, entre eles, magistrados e funcionários de órgãos eleitorais da Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, El Salvador, Guatemala, Honduras, México, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana, e Uruguai.
Durante a entrevista, Córdova afirmou que, entre as conclusões da terceira etapa, estava um “reconhecimento especial” da confiança do brasileiro no sistema eleitoral.
“A missão faz um reconhecimento e destaca a confiança do eleitorado brasileiro em seu sistema eleitoral, assim como a vocação cívica das cidadãs e dos cidadãos que demonstraram e que se concretizou no comparecimento pacífico às urnas para o exercício do direito de voto”, apontou.
Observador internacional parabeniza TSE por eleições
A missão também parabenizou o TSE e disse que a Corte é uma “referência regional” na implementação do voto eletrônico. Além disso, elogiaram o trabalho do tribunal no combate à desinformação e às fake news.
“A missão parabeniza o Tribunal Superior Eleitoral do Brasil e reconhece o trabalho realizado para realizar um processo eleitoral que oferece todas as garantias ao povo brasileiro e que foi contemplado com todas as condições de integridade eleitoral que uma eleição democrática exige”, disse Córdova.
Outro ponto destacado foi que o método de votação das urnas eletrônicas “se consolidou na cultura do cidadão brasileiro que vai aos centros de votação com confiança e conhecimento do procedimento”.
O chefe da missão disse ainda que o estudo sobre o primeiro turno será entregue ao presidente do TSE, o ministro Alexandre de Moraes, e que a missão continuará no 2º turno.
Na manhã desta segunda-feira (3), a missão de observação eleitoral de países da Comunidade de Língua Portuguesa (CPLP) divulgou um documento que concluiu que o uso do sistema eletrônico de votação é seguro, confiável e que “não colocou em dúvida a transparência e verdade” das eleições deste domingo.
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