Urna eletrônica é ‘um dos pontos fortes’ do sistema eleitoral no Brasil, diz observador internacional

Chefe da Missão de Observação da União Interamericana dos Órgãos Eleitorais (Uniore), Lorenzo Córdova, afirmou que missão continuará no 2º turno

Procedimento de carga e lacração das urnas eletrônicas (Foto: Alejandro Zambrana/Secom/TSE)
Procedimento de carga e lacração das urnas eletrônicas (Foto: Alejandro Zambrana/Secom/TSE)

O chefe da Missão de Observação da União Interamericana dos Órgãos Eleitorais (Uniore), Lorenzo Córdova, afirmou nesta segunda-feira (3) que a urna eletrônica é “um dos pontos fortes” do sistema eleitoral brasileiro.

A Uniore é uma organização composta por 30 organismos eleitorais de 23 países do continente americano. Em agosto, a entidade assinou um acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para realizar uma Missão de Observação Eleitoral (MOE) nas Eleições Gerais 2022, que deve retornar para acompanhar a apuração do segundo turno das eleições presidenciais, em 30 de outubro.

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“A missão pode concluir e destacar com satisfação que um dos pontos fortes que nós observamos no sistema eleitoral brasileiro é precisamente o uso da urna eletrônica”, disse Lorenzo Córdova em entrevista coletiva após o grupo observar o primeiro turno da votação.

O chefe da missão disse ainda que as urnas deixaram de ser um “objeto de discussão política” e que isso é uma “grande notícia.

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“A confiança que os cidadãos depositaram nas urnas eletrônicas, que deixaram de ser um objeto de discussão política, é uma grande notícia a nosso ver”, afirmou.

Córdova disse que, até o momento, a missão já realizou três etapas:

  • A primeira missão ocorreu em agosto deste ano e consistiu em conversas com autoridades eleitorais, analistas políticos, organizações civis, legisladores, representantes de partidos, a polícia federal e meios de comunicação. Córdova informou que essa missão teve êxito.
  • A segunda missão foi mais técnica e se deu em setembro. Na ocasião, especialistas em informática de órgãos eleitorais que se dedicaram a conhecer de forma mais profunda o sistema eleitoral e realizar diversos testes de funcionalidade na urna eletrônica.
  • A terceira missão foi realizada no dia da eleição e, segundo a Uniore, envolveu cerca de 40 representantes de entidades eleitorais filiadas à associação, entre eles, magistrados e funcionários de órgãos eleitorais da Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, El Salvador, Guatemala, Honduras, México, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana, e Uruguai.

Durante a entrevista, Córdova afirmou que, entre as conclusões da terceira etapa, estava um “reconhecimento especial” da confiança do brasileiro no sistema eleitoral.

“A missão faz um reconhecimento e destaca a confiança do eleitorado brasileiro em seu sistema eleitoral, assim como a vocação cívica das cidadãs e dos cidadãos que demonstraram e que se concretizou no comparecimento pacífico às urnas para o exercício do direito de voto”, apontou.

Observador internacional parabeniza TSE por eleições

A missão também parabenizou o TSE e disse que a Corte é uma “referência regional” na implementação do voto eletrônico. Além disso, elogiaram o trabalho do tribunal no combate à desinformação e às fake news.

“A missão parabeniza o Tribunal Superior Eleitoral do Brasil e reconhece o trabalho realizado para realizar um processo eleitoral que oferece todas as garantias ao povo brasileiro e que foi contemplado com todas as condições de integridade eleitoral que uma eleição democrática exige”, disse Córdova.

Outro ponto destacado foi que o método de votação das urnas eletrônicas “se consolidou na cultura do cidadão brasileiro que vai aos centros de votação com confiança e conhecimento do procedimento”.

O chefe da missão disse ainda que o estudo sobre o primeiro turno será entregue ao presidente do TSE, o ministro Alexandre de Moraes, e que a missão continuará no 2º turno.

Na manhã desta segunda-feira (3), a missão de observação eleitoral de países da Comunidade de Língua Portuguesa (CPLP) divulgou um documento que concluiu que o uso do sistema eletrônico de votação é seguro, confiável e que “não colocou em dúvida a transparência e verdade” das eleições deste domingo.

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