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Voto útil: Eleitores de Ciro, Tebet e outros podem decidir a eleição no 1º turno, segundo Quaest
A nova rodada da pesquisa eleitoral Genial/Quaest foi divulgada na madrugada desta quarta-feira (28) e aponta que Luiz Inácio Lula da Silva, candidato à Presidência pelo PT, ampliou sua vantagem sobre o atual presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL). De acordo com a pesquisa, existe uma chance matemática de o petista ser eleito em primeiro turno.
Lula subiu de 44% para 46% das intenções de voto. O petista agora tem 50,5% dos votos válidos. Já Bolsonaro oscilou negativamente, de 34% para 33%, e aparece agora com 36,3% dos votos válidos.
Dentro da margem de erro estimada pela pesquisa de 2 pontos percentuais, as chances de Lula de vitória no primeiro turno não estão garantidas. Por isso, a campanha do petista embarcou em uma estratégia do “voto útil” para evitar que a disputa ao Planalto se arraste ao segundo turno — mais um mês de campanha contra um adversário que, ao que tudo indica, será Bolsonaro. Mas quem poderia conferir a Lula um empurrão que o leve à vitória no primeiro?
Voto útil ainda tem margem para vitória de Lula no 1º turno
A resposta está nos eleitores de Ciro Gomes, Simone Tebet e outros candidatos que ainda podem mudar o voto para Lula ganhar no 1º turno, cerca de um quarto da base desses candidatos somadas.
De acordo com a Quaest, 24% dos eleitores de Simone Tebet, Ciro Gomes e outros candidatos podem mudar de voto para que Lula ganhe a eleição no próximo domingo. Enquanto 66% não cogitam o voto útil, 10% também estão indecisos sobre transferir o voto ou não. Ou seja, ainda há margem para ampliar o voto útil.
Dos eleitores de Ciro Gomes, 27% mudariam o voto para Lula, possibilidade que 30% dos eleitores de Simone Tebet também cogitam. Isso poderia levar a um crescimento de Lula nas pesquisas, segundo Felipe Nunes, diretor da Quaest, equivalente a 3,12 p.p. O petista iria a 49,12% das intenções de voto e a 53,9% dos votos válidos.
Bolsonaro está parado na Quaest. Por quê?
A rejeição de Bolsonaro aumentou, conforme a pesquisa Quaest. O presidente perdeu popularidade entre os mais pobres que ganham até dois salários mínimos (26% a 24%) e na faixa dos que ganham entre dois a cinco salários (40% a 36%). Já para quem ganha acima de cinco salários, Bolsonaro ficou mais popular (45% a 50%), enquanto Lula perdeu eleitores (33% a 31%).
Bolsonaro também perdeu votos em algumas regiões do Brasil. No Nordeste, o atual presidente oscilou de 21% para 19% das intenções de voto; no Sul, de 45% a 43%; no Centro-Oeste e Norte, de 37% para 36%.
Lula oscilou positivamente no Nordeste, de 60% para 65%; no Sudeste, subindo de 38% para 39% e revertendo a vantagem sobre Bolsonaro, algo que não ocorria desde 7 de setembro; no Sul, crescendo de 34% para 36%; e no Centro-Oeste e Norte, foi de 41% a 42%.
Bolsonaro também perdeu espaço entre os homens, oscilando negativamente de 39% para 35%.
Outro motivo que explica a estabilidade do presidente na pesquisa é o público evangélico: Bolsonaro, desde 21 de setembro, data do último levantamento da Quaest, não ganhou novos eleitores entre essa parcela da população. O mesmo ocorre entre as mulheres, onde o presidente permanece com 31% entre as pesquisas.
Considerando o cenário mais provável para o segundo turno, o petista venceria o atual mandatário. Lula variou de 50% para 52%, enquanto Bolsonaro passou de 40% para 38%.
A sondagem entrevistou 2 mil pessoas em todas as regiões do país entre 24 e 27 de setembro. A margem de erro é de 2 pontos percentuais. A pesquisa está registrada no TSE com o número BR-04371/2022.
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